O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) decretou o período de defeso, que proíbe a pesca de camarão nas baías paranaenses, de 15 de dezembro a 15 de fevereiro. Segundo o chefe de fiscalização do Ibama Paraná, Paulo Roberto Matoso, esta época do ano é o período em que o camarão está crescendo. “Ele está saindo da baía e indo para alto mar”, diz Matoso. Devido à medida, a oferta do crustáceo está reduzida, o que pode ocasionar um aumento no preço.
O chefe de fiscalização informou que, desde ontem, uma equipe começou a trabalhar junto com a polícia florestal. “O objetivo dessa equipe será fiscalizar a pesca do camarão em todo o litoral paranaense”, afirma. De acordo com ele, a fiscalização é feita uma semana sim outra não, pois não há condições de ficar o tempo todo.
O pescador que for pego pescando camarão será autuado, terá a carga apreendida e será aberto um inquérito policial contra o pescador. “Neste ano ainda não pegamos ninguém infringindo a lei. Acho que eles estão respeitando um pouco mais”, diz Paulo Roberto. O valor da multa dependerá da quantidade de camarão que for apreendida.
O chefe de fiscalização do Ibama acredita que os turistas acabam incentivando a pesca, pois o que eles querem é camarão, não se importando se é pequeno ou não. “Quando a fiscalização sai de campo os pescadores voltam à prática”, conta.
Segundo a proprietária da Peixaria Caiobá, Bernadete Ferreira Gomes, está difícil encontrar camarão nesta época. “O que tem é pouco. Todo dia meu fornecedor me traz um pouquinho, mas é insuficiente, pois eu preciso de muito”, lamenta-se. Ela informou que devido à escassez o valor do quilo do camarão sete-barbas graúdo subiu de R$ 15,00 para R$ 18,00. “Mas não está tão graúdo assim”, avisa.