Fotos: Chuniti Kawamura/O Estado
Maria do Hosto Nagano: ?No calor isso é bastante comum?.

O calor e a umidade, fatores típicos de verão, contribuem com o aumento da incidência de insetos, aranhas e roedores. Por isso, é nesta época do ano que costuma haver uma maior procura por serviços de dedetização a serem realizados em residências, escritórios e outros ambientes. Segundo a Associação Paranaense dos Controladores de Pragas e Vetores (Aprav), entre os meses de novembro e março o número de dedetizações realizadas no Estado chega a aumentar 200%. São procuradas formas de combate a moscas, formigas, baratas, ratos, cupins e principalmente aranhas-marrons.

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?Muitas vezes, as pessoas fazem a limpeza da casa, a fecham, saem de férias e, quando retornam, a encontram repleta de pragas, necessitando de um serviço profissional. No calor isso é bastante comum?, comenta a presidente da Aprav, Maria do Hosto Nagano.

Porém, a população deve tomar cuidado antes de contratar serviços de dedetização. Maria informa que há muita informalidade no mercado, o que coloca em risco a segurança e a saúde dos contratantes. ?Existem muitas pessoas que atuam de maneira informal. Cobram preços bem abaixo dos de mercado e utilizam produtos não autorizados pelo Ministério da Saúde, como por exemplo venenos líquidos para matar ratos?, comenta.

Cupim também incomoda muitos moradores.

Para saber se uma determinada empresa está habilitada a prestar o serviço ou não, é importante consultar a Aprav antes da contratação. A consulta pode ser feita por telefone (41-3354-9517) ou através do site www.aprav.com.br. ?No Paraná, existem cerca de duzentas empresas de dedetização legalizadas, sendo que 25 são ligadas à associação. Antes da contratação de um serviço, é importante saber se a empresa tem licença sanitária, alvará de funcionamento, responsável técnico capacitado e funcionários treinados.?

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Após fechado o negócio, os responsáveis pela empresa deverão fazer uma avaliação da situação e traçar uma metodologia de combate às pragas. Essa geralmente varia de caso para caso, sendo considerada bastante específica. Normalmente, é necessário que pessoas e animais fiquem fora do local que está sendo dedetizado por um período que pode variar de duas a quatro horas.

Aranha-marrom

A aranha-marrom é a praga
de mais difícil controle.

A aranha-marrom, que tem alta incidência na capital paranaense, é considerada a praga de mais difícil controle. A Aprav informa que o mesmo geralmente é feito através de limpeza, seguida de aspiração dos ovos do animal e aplicação de produtos especiais para matá-lo. O aracnídeo tem vida noturna e gosta de se esconder em lugares quentes e escuros, como dentro de armários, atrás de móveis e em meio a roupas. Sua picada pode gerar graves complicações à saúde.

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De acordo com o biólogo responsável pelo setor de acidentes com animais peçonhentos da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, Marcelo Vettorello, em 2006 foram verificados na capital 2.177 casos de acidentes com aranha-marrom. Destes, 1.673 eram leves, 481 moderados e 21 graves. Do total, 1.355 ocorreram com mulheres. A explicação é de que estas geralmente se dedicam mais aos serviços domésticos e acabam mais expostas a picadas.