O governador Roberto Requião assinou ontem o decreto que determina a intervenção estadual na Santa Casa de Paranaguá. A instituição estava com os trabalhos totalmente paralisados desde quinta-feira passada, sem recursos para prosseguir com os atendimentos. Com a determinação do governador, o Estado, em convênio com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), vai administrar o hospital a partir de hoje. A situação deve se normalizar até a próxima semana.

“Uma vez que a Prefeitura abandonou e a administração do hospital não tem condições de tocá-lo, o governo intervém para que a população não sofra”, explicou. O governador ainda ressaltou que a instituição vai continuar sendo responsabilidade do Estado até que outro hospital seja construído, com financiamento já previsto do Paraná Urbano. O decreto também determina a instalação de uma auditoria financeira, contábil e administrativa sob responsabilidade do secretário de Estado da Saúde, Cláudio Xavier. A situação da instituição estava complicada, segundo explica o provedor Olavo Muniz de Carvalho, porque o teto de R$ 200 mil do Sistema Único de Saúde (SUS) repassado pelo Estado estava abaixo do que o hospital precisava para continuar funcionando normalmente. Além disso, a cooperação financeira da Prefeitura de Paranaguá, de R$ 120 mil por mês e que ajudava a manter aberta a instituição, estava cancelada desde março.

Sem solução para o problema, a Santa Casa decidiu paralisar os trabalhos. Não recebia enfermos desde a semana passada. Alguns pacientes da cidade e da região estavam sendo transferidos para Curitiba e Região Metropolitana por ambulâncias. O hospital é o único da região que dispõe de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e atende sete municípios do litoral. Realizava 300 partos por mês, além de atender 250 pessoas no pronto-socorro e disponibilizar 105 leitos.

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