DCE tenta evitar reajuste de mensalidades na PUC

Integrantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) estão realizando um trabalho para impedir que as mensalidades dos cursos oferecidos pela instituição subam a partir do início do próximo ano.

Há duas semanas, está sendo aplicado aos alunos um questionário composto por oito perguntas, que visa, entre outras coisas, avaliar o nível de satisfação com a universidade, a qualidade de ensino, a expectativa em relação aos cursos e o nível de concordância com o valor de taxas cobradas internamente. Os estudantes que respondem ao questionário também assinam um abaixo-assinado, pedindo que as mensalidades não subam, a ser entregue à pró-reitoria acadêmica. Já foram coletadas 4,5 mil assinaturas, mas a meta é obter, no mínimo, 10 mil dos cerca de 23 mil estudantes de graduação que estão matriculados na instituição.

O secretário-geral do DCE, Rafael Cardoso, que é aluno do quarto ano de Letras, afirma que as mensalidades têm subido abusivamente nos últimos anos. “No início deste ano, subiram 6,59%. Em 2001, 5%”, lembra, acrescentando que alunos e pais estão descontentes com a situação. “Muitos estudantes se sacrificam para pagar a universidade e chegam a vir para as aulas a pé, pois não conseguem fazer com que o dinheiro sobre para o ônibus. O problema é que a PUC não se sensibiliza com isso.”

Segundo Rafael, o aumento nas mensalidades não tem resultado na qualidade de ensino. “Por meio dos resultados obtidos com os questionários aplicados aos alunos, queremos mostrar que o aumento do valor das mensalidades não se justifica”, diz o secretário-geral. “Desconfiamos que, para 2003, os valores dos cursos possam ficar até 10% mais altos.”

O curso mais caro da PUCPR é Medicina, cuja mensalidade custa R$ 1.259,00, seguido de Odontologia, R$ 1.097,00, e Medicina Veterinária, R$ 1.086,00. As mensalidades mais baratas são de Filosofia, Letras e Pedagogia, R$ 311.

Pró-reitoria

O pró-reitor comunitário e de extensão da PUCPR, Adilson Moraes Seixas, diz ter conhecimento da mobilização dos alunos, mas informa que ainda não há nada definido quanto a possíveis aumentos de mensalidades para o ano que vem. Ele explica que vai analisar os resultados do questionário aplicado pelos integrantes do DCE e pode utilizá-los na melhora dos serviços prestados pela instituição.

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