O custo da operação militar que resultou no confronto entre policiais e professores, no dia 29 de abril, que deixou um saldo de 234 feridos, já chega a quase R$ 1 milhão (e pode ser muito maior). Só o documento apresentado pela Polícia Militar do Paraná (PM-PR) ao Ministério Público de Contas (MPC) mostra um gasto de R$ 948 mil com armas e munições.

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Foram disparadas 2323 baladas de borracha e 1413 bombas (fumaça, gás lacrimogêneo e efeito moral) – uma bomba para cada 15 professores, uma bala de borracha para cada dez e 20 tiros por minuto. Outros setores do governo ainda devem entregar seus relatórios de gastos. A Defensoria Pública do Paraná (DPPR) ajuizou uma Ação Civil Pública, pedindo a condenação do estado por danos morais coletivos e pagamento de R$ 5 milhões.

Retaliação?

Ao mesmo tempo em que a Defensoria Pública do Paraná (DPPR) pede que o governo do Estado seja responsabilizado, ao menos financeiramente, pela operação militar do dia 29 de abril, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) quer que a APP-Sindicato pague uma multa de R$ 1,24 milhão pelos 32 dias em que manteve a greve declarada ilegal.

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O órgão já entrou com uma ação na Justiça do Paraná com essa solicitação. Segundo o governo, o pedido se deve à determinação da Justiça, de março, de que o sindicato pagasse multa de R$ 20 mil por cada dia parado, valor que subiu para R$ 40 mil em abril. Além disso, a Secretaria de Estado da Educação determinou, na última sexta-feira, o lançamento das faltas dos professores em greve. Também foram abertos processos administrativos contra eles.