Há pouco tempo, os veículos de comunicação mostraram reportagens sobre uma babá, em Goiás, que espancava as crianças que cuidava. Outros casos parecidos já foram verificados pela polícia e sempre revoltaram bastante a sociedade. Em geral, os pais, preocupados que o mesmo pudesse vir a acontecer com seus filhos, passaram a ser bem mais exigentes na hora de escolher uma pessoa para tomar conta de suas crianças. Para pôr babás eficientes e bem preparadas no mercado, o Senac vem oferecendo cursos de formação de “baby sitters”. Em Curitiba, o próximo deve ter início no dia 20 e terminar em 3 de setembro, num total de sessenta horas-aula.
Segundo a psicóloga Sandra Stall Bueno, coordenadora do curso, podem participar pessoas de todas as idades. “Muitas das pessoas que participaram de cursos anteriores já estão no mercado”, conta.
Público-alvo
Sandra revela que geralmente freqüentam o curso jovens, de no mínimo 16 anos, que estudam, já cuidaram de irmãos mais novos e procuram uma fonte de renda, até senhoras aposentadas, que cuidaram dos filhos e netos e querem voltar a trabalhar.” Também se interessam pessoas que pretendem ir trabalhar fora do Brasil.
Durante as aulas, as participantes recebem orientações sobre apresentação pessoal, comportamento, organização, relacionamento com a criança, estimulação dos sentidos, recreação, afetividade, boa alimentação, higiene do bebê e primeiros socorros. A futura babá aprende como lidar com crianças de diferentes idades. Além disso, recebe orientações básicas como a de possuir uma agenda para anotar os horários que a criança precisa tomar seus medicamentos, o número do telefone do pediatra, do Corpo de Bombeiros e da polícia.
A psicóloga revela que, mais do que experiência, uma babá deve estar emocionalmente preparada para ocupar o cargo que ocupa. No decorrer do curso, aquelas que não têm vocação para lidar com criança acabam desistindo naturalmente. Porém, no final, as que continuam recebem orientações individuais.
“Conversamos com cada participante e dizemos no que ela se sai bem e o que precisa melhorar”, conta. “Quando notamos que uma pessoa não é qualificada, com muito jeito conversamos com ela e a aconselhamos a reavaliar melhor sua decisão de trabalhar como babá.”
Diploma
As participantes que terminam o curso aprendem a fazer um currículo e recebem um diploma, que pode ajudá-las bastante na hora de procurar um emprego. O curso pode ser pago em três prestações de R$ 63,00. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (41) 219-4700.