A quinta edição do curso nacional de policiamento comunitário formou ontem sessenta instrutores de nove estados do Brasil, entre eles o Rio, Mato Grosso, Minas, o Paraná e Santa Catarina. Segundo o oficial de Planejamento da Polícia Militar (PM) do Paraná, major Roberson Luiz Bondaruk, o objetivo do curso é difundir a filosofia da polícia comunitária em todo o País.
Em Curitiba, o policiamento comunitário já está sendo empregado em três bairros da cidade: Santa Felicidade (zona oeste), Portão (zona sul) e Jardim das Américas (zona leste). “O índice de criminalidade destes bairros diminuiu muito depois da implantação deste sistema. Hoje temos uma lista de vários bairros de Curitiba pedindo a polícia comunitária na região”, afirma Bondaruk.
Um dos trabalhos dos policiais comunitários é estabelecer uma relação de confiança com a sociedade para que aumente o número de denúncias feitas pela própria comunidade. “Apesar de ser um processo lento, pois envolve relacionamentos, o resultado é bastante satisfatório quando conquistado”, acrescenta Bondaruk.
Conselhos comunitários
Entre as atividades do curso nacional de policiamento comunitário, os policiais puderam formar parcerias com Conselhos Comunitários de Segurança. Para a pedagoga Alice Yukiko Yamasaki, o contato com os problemas da comunidade, relatado por seus representantes, é muito importante para o conhecimento dos policiais.
Segundo o presidente da União Estadual dos Conselhos Comunitários de Segurança (Uniconseg), José Augusto Soavinsky, o Estado do Paraná tem 285 conselhos que poderiam estar ajudando mais o setor de segurança da região. “Temos conseguido bons resultados com as denúncias feitas pela comunidade por meio dos telefones 0800-41-0090 ou 156”, acrescenta Soavinsky.