Curso da Embrapa aborda Mata Atlântica

A Embrapa Florestas está promovendo até o fim desta semana, em sua sede, no município de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, o curso de Restauração da Mata Atlântica em Áreas de sua Primativa Ocorrência Natural. Participam 35 pessoas do Paraná e de outros Estados brasileiros, entre engenheiros florestais, biólogos, engenheiros agrônomos, ambientalistas e integrantes de organizações não governamentais ligadas à proteção da natureza.

Segundo o coordenador do evento, pesquisador Paulo Galvão, da Embrapa, o curso tem como objetivo treinar pessoas capazes de participar de ações voltadas à restauração da Mata Atlântica. “Os participantes vão aprender desde coleta e manejo de sementes até produção de mudas, modelos de plantio, legislação e cuidados com a vegetação restaurada”, conta.

De acordo com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Mata Atlântica é considerada um dos ecossistemas mais devastados do país. Na época do descobrimento, ela ocupava 12% do território nacional, o que eqüivale a um terço da Amazônia, estendendo-se do Estado do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Hoje, existem apenas cerca de 7% da área original. “Porém a maior parte do que ainda existe está muito comprometida. A área atual está localizada principalmente em locais de difícil acesso para o homem. “Até onde conseguiu chegar, o homem destruiu”, comenta o pesquisador.

Paulo estima que, se esforços conjuntos forem realizados, serão necessários no mínimo 50 anos para se ter algumas partes totalmente recuperadas. “Não basta apenas plantar as mudas e esperar que elas cresçam, é preciso fazer um acompanhamento constante”, afirma. “Além disso, são diversos tipos de árvores, que precisam de cuidados específicos, e a fauna que precisa ser resgatada”.

Na Mata Atlântica, também conforme informações do Ibama, existem 1.361 espécies da fauna brasileira, com 261 espécies de mamíferos, 620 aves, 200 répteis e 280 de anfíbios, sendo que 567 espécies só ocorrem nesse bioma. Tem cerca de 20 mil espécies de plantas superiores, das quais 8 mil só ocorrem na Mata Atlântica.

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