Cursar Medicina fora do País pode virar problema

Estimativas do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) dizem que cerca de 5 mil jovens brasileiros fazem cursos de graduação fora do País, principalmente em Cuba, Argentina e Bolívia. Todavia o reconhecimento desses cursos no Brasil não é simples. Portanto o que pode parecer um atalho, com a fuga do vestibular, muitas vezes acaba se tornando um grande problema.

O presidente do CRM-PR, Sallim Emed, explicou que para que os diplomas de universidades de fora do País sejam validados aqui há a necessidade de análise da grade curricular, feita por uma universidade pública. “Posteriormente o médico com diploma estrangeiro é obrigado a se submeter a um exame”, disse. “Nos casos onde não há compatibilidade de matérias, algumas universidades recomendam que esta pessoa estude essas disciplinas aqui.” Ele destaca que há uma tendência de unificação de currículos nas universidades que fazem parte do Mercosul.

Emed afirmou que o Conselho Federal de Medicina já fez visitas à Bolívia e constatou que existem universidades sem estrutura para aplicar um curso de graduação em Medicina. “Nem mesmo as universidades públicas da Bolívia aceitam alunos dessas instituições como estagiários em seus hospitais. O pior é que alguns deles já foram surpreendidos fazendo estágio no interior do Paraná”, confidenciou.

Ele disse que o conselho está atento a este problema. “Recomendo que o estudante faça o vestibular aqui mesmo e estude no Brasil. No caso daqueles que querem ir para fora, situação que não acho boa, é interessante procurar o consulado ou a embaixada do País e descobrir se há compatibilidade de currículo”, afirmou o presidente do CRM-PR.

No Brasil o curso de graduação em Medicina dura seis anos. Para a boa aceitação no mercado, é necessária uma residência de pelo menos quatro anos, sendo dois em clínica e outros dois em especialidade.

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