O curitibano ficou mais tempo no escuro em 2012. Dados da Copel revelam que o tempo médio de falta de luz subiu de 5h25, em 2011, para 5h55. Isso significa que cada consumidor enfrentou menos de cinco situações deste tipo no último ano. Mesmo assim, a empresa ressalta que os indicadores ficaram abaixo das metas de interrupção estipuladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel): 8h08 em 2011 e 7h58 no ano passado. Já em janeiro, o resultado foi o melhor para o mês dos últimos cinco anos: 22 minutos de corte de energia, em média.

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De acordo com o gerente de operação e manutenção da Copel na Região Leste, Francis de Alencar Prado, o incremento registrado no ano passado foi provocado por dois fatores: aumento de dias com temporais (de 92 para 116) aliado ao crescimento dos desligamentos programados, motivados principalmente pela compactação da rede. “Estamos substituindo cabeamento nos postes para sistema mais confiável, com maior tecnologia, que evita uma série de desligamentos acidentais, trazendo resultados tanto para a companhia quanto para o consumidor”, comenta.

Automatização

Em 2011, a Copel instalou 185 km de rede compacta. Ano passado, foram mais 395 km. Para este ano, a previsão é expandir a compactação por mais 225 km na Grande Curitiba. Outra ação para minimizar as quedas de energia é a automatização da rede. “Em 2013, vamos instalar 500 chaves automatizadas, que permitem identificar a passagem de curtos-circuitos e isolar os pontos de falta, deixando menor número de consumidores desligados”, revela Prado.

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Ele destaca que as manobras destas chaves são feitas pelo centro de operação. “Não é preciso deslocar uma equipe até o local, o que reduz o tempo médio de atendimento, que é de uma hora”. Só na capital, a Copel conta com a força de trabalho de 244 eletricistas próprios e terceirizados, que pode ser reforçada com efetivo de regiões vizinhas em casos mais graves.

Povo só tem reclamação

Arquivo
Árvore na rede é problema.
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Os investimentos previstos pela Copel para melhoria e expansão da rede em Curitiba e região metropolitana neste ano chegam a R$ 45 milhões e incluem também a poda de 70 mil árvores para minimizar os transtornos causados pelas tempestades. “Os problemas maiores são os temporais, com árvores lançadas na rede, abalroamento de postes, cabos rompidos por ventos e descargas atmosféricas”, aponta o gerente de operação e manutenção da Região Leste, Francis de Alencar Prado.

A população espera ansiosa pelo reforço na infraestrutura da rede elétrica. “Volta e meia a Copel deixa a gente na mão aqui no Bacacheri, principalmente no Conjunto Solar. Basta uma chuva mais forte para o pessoal reclamar”, diz o presidente da Associação de Moradores do Bacacheri, Luiz Tadeu Seidel Bernardina.

No Água Verde, foram duas situações de interrupção em janeiro. “Na sexta-feira retrasada, não teve temporal e ficamos uma hora e meia sem luz. Na vez anterior, foi uma chuva forte que deixou o bairro sem energia por quase quatro horas”, relata o presidente do Conseg, Paulo Roberto Goldbaum Santos. “Sou proprietário de uma escola. Temos no-break, mas não suporta, e suspendemos as aulas”, conta.

Serviço

Em casos de queda de energia, a Copel oferece vários canais para o consumidor entrar em contato: pelo telefone 0800-5100116; pelo celular, enviando a mensagem de texto “SL” seguida do número da conta para o SMS 28953; pelo site www.copel.com; ou por smartphones, através do aplicativo Copel Mobile.