Curitibana cobra indenização maior da Gol

Rosane Gutjhar, esposa do empresário Rolf Ferdinando Gutjhar, de Curitiba, entrou com uma ação contra a empresa Gol Linhas Aéreas no dia 29 de setembro. O empresário foi uma das vítimas do acidente ocorrido no dia 29 de setembro de 2006, quando o boeing 737-800 da empresa se chocou com o jato Legacy.

O advogado da mulher, Dante D’Aquino, explicou que a ação pleiteia danos morais e materiais. Segundo o advogado, não há como calcular um valor que pague o sofrimento da família, mas pelo menos ele espera que o juiz fixe quantias compatíveis com a capacidade econômica da Gol.

“Temos visto muitos acordos fechados em valores irrisórios, de R$ 70 mil, por exemplo. Muito pouco para uma empresa que teve lucro de R$ 190 milhões nos três meses após o acidente. Queremos que o Poder Judiciário imponha condenações compatíveis com o patrimônio da empresa”, disse.

Dentro dos danos materiais também estariam incluídos os gastos com os médicos da filha do casal, de seis anos, que passa por tratamento psiquiátrico. Além disso, o advogado fez uma estimativa da expectativa de vida do empresário e pede ao juiz um valor referente a esse tempo que ele poderia estar vivo.

Para a esposa, a indenização não é o mais importante, mas sim, chamar a atenção da sociedade para crimes sem punição. “Parece que acidentes são grandes negócios para a Gol, pois o valor do seguro dos aviões é muito alto. É um deboche a maneira como a empresa trata os acidentes”, afirmou. A reportagem de O Estado telefonou diversas vezes para a assessoria de imprensa da Gol, em São Paulo, mas os telefones somente davam ocupado.