A secretaria Municipal da Saúde de Curitiba vacinou 36.093 crianças nas primeiras quatro horas da campanha de vacinação contra a paralisia infantil neste sábado (20). A campanha teve início às 8h em 360 postos de vacinação fixos e volantes. A meta é vacinar pelo menos 95% das 123 mil crianças de até 5 anos residentes na cidade. “Os pais curitibanos são muito atenciosos e participam ativamente da campanha de vacinação contra a poliomielite”, afirmou a superintendente executiva da Secretaria da Saúde, Beatriz Nadas.

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Pais e responsáveis devem levar a Caderneta de Saúde da Criança, para colocar em dia, se necessário, o esquema de vacinação dos filhos. Nas unidades de saúde que estão abertas neste sábado, além das gotinhas contra a poliomielite, poderão ser aplicadas as demais vacinas.

A pequena Bianca, de 2 anos, foi levada pela avó, Dulce Zanata, para tomar as gotinhas. “É muito prático ter este serviço no centro da cidade, onde moro. Aproveitei para trazer a minha netinha e deixar a vacina em dia”, disse. Paula Machado, mãe de Maria Luiza, de 3 anos, também ficou satisfeita com a campanha acontecendo na Boca Maldita, no Centro. “Estava passeando pelo comércio quando vi a tenda para vacinação e trouxe logo minha filha. Foi ótimo”, afirmou.

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Crianças que passaram pela Boca Maldita, na manhã deste sábado, para participar da campanha de vacinação também puderam se divertir com o grupo de palhaços MEDclown, formado por 13 estudantes de Medicina da Universidade Positivo. À tarde, o grupo levou humor e alegria às crianças que receberam a gotinha nas unidades de saúde Ouvidor Pardinho e Mãe Curitibana.

A doença

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A paralisia infantil, ou poliomielite, foi considerada erradicada do Brasil em 1994. O último caso aconteceu em Souza, na Paraíba, em 1989. Em Curitiba, não é notificada há 23 anos e no Paraná, há 20. Apesar disso, a vacinação continua sendo necessária porque outros 19 países asiáticos e africanos ainda registram casos da doença, o que significa a presença do vírus. Em 2008 foram registrados 1660 casos no mundo. Além disso, a ocorrência da doença saltou de 21 para 118 casos em países não endêmicos.

Com a vacinação de todas as crianças no mesmo dia forma-se uma grande barreira vacinal contra o vírus causador da doença. Para isso bastam duas gotinhas da vacina Sabin, aplicadas na língua de cada criança – prática que no Brasil acontece desde 1980.

Outras vacinas

Estão disponíveis nas unidades de saúde neste sábado (20) sete tipos de vacinas para crianças: tuberculose, hepatite do tipo B, poliomielite, rotavírus, difteria, tétano, coqueluche, meningite causada por Haemophilus influenzae sarampo, rubéola e caxumba. A vacina contra a poliomielite ou paralisia infantil pode ser encontrada na rotina das unidades de saúde.