O Ministério da Justiça liberou para a Prefeitura de Curitiba R$ 2,6 milhões, recursos que serão usados em dois programas: Rede Familiar de Prevenção às Drogas – Mães contra o Crack e Prevenção às Drogas na Rede Municipal de Ensino.
Os recursos foram garantidos por convênios assinados pelo prefeito Luciano Ducci e a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, em fevereiro deste ano.
Pelos convênios, o programa Mães contra o Crack terá 1,55 milhão para formação de multiplicadores, promoção de campanhas em todas as regionais da cidade e ações de prevenção às drogas envolvendo 8.800 famílias. O governo federal liberou R$ 1,42 milhão e o Município entrou com a contrapartida de R$ 124 mil.
Para as ações de prevenção nas escolas municipais, os recursos são de 1,1 milhão, que serão usados na capacitação de 600 educadores, pedagogos, inspetores, guardas municipais e agentes de saúde, envolvendo alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental de 11 unidades de ensino.
Também serão realizados 22 encontros de prevenção às drogas e à violência com pais, responsáveis e comunidade das mesmas 11 escolas e a criação de um programa de educação continuada em prevenção às drogas. A contrapartida da Prefeitura no programa na rede municipal de ensino é de R$ 100 mil.
“Investimos muito na prevenção e combate às drogas e atendemos milhares de crianças e jovens com programas como o bola cheia e o papo legal. Esses dois programas vem para somar ao trabalho que já está sendo realizado”, afirma o prefeito Luciano Ducci.
“É importante que todos se unam no combate às drogas e Curitiba é pioneira neste trabalho. É fundamental a continuidade e ampliação desses programas”, ressaltou o deputado federal Fernando Francischini que trabalhou pela liberação dos recursos.
Mães contra o Crack – O projeto prevê a ação de 100 mães em toda a cidade. Serão 10 por regional. As mulheres atuarão como multiplicadoras na prevenção ao uso do crack e no encaminhamento dos dependentes ao tratamento e a programas de apoio da Prefeitura.
A atuação das mães deverá ser voluntária no início, mas a Secretaria Antidrogas estuda uma forma de remuneração financeira às participantes. A seleção das mães que atuarão no programa será feita com base nas informações do Mãe Curitibana e também de outros programas do município e da secretaria, como por exemplo o Bola Cheia.
A partir da seleção, a Antidrogas fará a capacitação das mulheres para que reconheçam o problema, saibam o que é a droga e os efeitos dela e a forma de abordagem. O conteúdo segue o curso da secretaria de formação de multiplicadores, que oferta 40 vagas para 40 horas semanais e tem demanda crescente. Após o treinamento, as mães selecionadas vão atuar junto a comunidades de risco e abastecerão a Secretaria Antidrogas com informações das regiões cobertas.
Prevenção nas escolas – No projeto para evitar a entrada do crack nas escolas municipais serão capacitados 600 educadores e integrantes da comunidade escolar. O trabalho da Antidrogas será feito em conjunto com as secretarias da Educação e Saúde. Com os recursos provenientes do governo federal, mais os investimentos do município, a Secretaria Antidrogas poderá fazer a capacitação e o trabalho nas escolas de forma permanente.
