Curitiba terá curso para formar novos cuteleiros

Uma arte que parece ter saído de livros sobre história antiga e que permanece viva até hoje. Trata-se da cutelaria, uma atividade em que o profissional fabrica e vende instrumentos de corte, como facas, espadas, adagas, entre outros. No Brasil, há cerca de 15 anos, a cutelaria estava restrita a poucas pessoas, mas isso mudou graças a Peter Hammer, um paulista que foi pioneiro no ensino do ofício. Ele quer agora montar um curso sobre a profissão em Curitiba.

Hammer conta que começou a atividade no final da década de 80, devido ao enorme fascínio que as facas exerciam sobre ele. “Eu tinha uns 20 anos quando comecei a praticar a cutelaria. Já tinha alguma experiência com artesanato de metais, mas não conhecia nada a respeito da cutelaria. Fui autodidata no assunto e fiz uma extensa pesquisa.

Dois anos depois, já tinha matérias publicadas em revistas especializadas no assunto”, revela. Em 1994, Hammer começou a dar aulas. “Sentia a necessidade de passar para frente essa arte. Os meus segredos estão nas mãos dos meus alunos e, felizmente, sempre tem gente interessada nessa atividade”, conta.

O cuteleiro conta que também foi o primeiro a produzir armas de corte para a televisão e o cinema brasileiros. Além da ficção, Hammer também produz facas para o Batalhão de Operações Especiais do Rio de Janeiro (Bope) e para o Grupo de Operações Especiais de São Paulo (GOE).

Hammer está negociando para abrir um curso em Curitiba, o qual espera que até o início de maio já esteja em funcionamento. “As pessoas vão aprender como afiar a faca e a produzi-la. Mas não é apenas isso. Elas vão aprender todo o contexto por trás de uma faca e vão entender como é recompensador chegar ao final do dia e ter criado uma obra de arte”, conclui.

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