Curitiba tem oito árvores tombadas pelo Patrimônio Histórico do Paraná, o que as torna imunes ao corte. As árvores – um anjico-branco, uma ceboleira, uma paineira e cinco tipuanas, estão em ruas, parques e áreas particulares. O Patrimônio Histórico engloba todos os bens culturais que possuem representatividade para a história e a identidade do Estado. A cidade também tem 25 árvores declaradas, por decreto municipal, imunes ao corte. “Esta lista de preservação vai aumentar, pois 20 árvores estão sendo avaliadas para serem declaradas imunes ao corte”, diz o secretário municipal do Meio Ambiente, José Antonio Andreguetto.
A maioria dos tombamentos do Patrimônio Histórico aconteceu na década de 1970. As primeiras árvores – um anjico-branco, uma tipuana e uma paineira – foram declaradas bens históricos em 10 de setembro de 1974. Na rua Ébano Pereira, em frente ao prédio da Secretaria Estadual da Cultura, há quatro tipuanas que foram declaradas patrimônio histórico estadual em 1977. Em 1990, foi declarada como patrimônio histórico uma ceboleira, que fica em terreno particular no bairro Água Verde.
A manutenção ou intervenção nessas árvores tombadas só é feita pela Prefeitura quando solicitada pela curadoria dos bens estaduais tombados. Na semana passada, a Prefeitura removeu uma corticeira que constava da lista de bens tombados, pelo risco iminente de queda que apresentava. A remoção foi aprovada pela Coordenadoria do Patrimônio Cultural, da Secretaria Estadual da Cultura. A árvore ficava na rua Carmelo Rangel, no Batel.
Além do tombamento pelo Patrimônio Histórico, as árvores da cidade podem ser declaradas imunes ao corte por meio de decreto municipal. Há 25 árvores em Curitiba que estão nesta condição. A Prefeitura de Curitiba está avaliando 20 novas árvores que podem ser preservadas por meio de decreto.
A previsão da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, responsável pelo trabalho de avaliação, é de que as novas árvores sejam decretadas no primeiro semestre do ano. Uma comissão técnica formada por biólogos, agrônomos e engenheiros florestais da Secretaria já vistoriou cada uma das 20 árvores. A equipe irá se reunir para discutir quais as árvores deverão constar em decreto. “Todas têm chances, mas os prós e os contras serão avaliados”, disse o coordenador-técnico de Fauna e Flora da Secretaria, Alfredo Trindade.
As árvores, que estão tanto em áreas públicas como particulares, são avaliadas conforme as características ambientais relevantes, como porte, frutificação para formação de banco de sementes e reprodução de outras plantas, espécie rara e difícil de serem encontradas na cidade entre outros aspectos. Os técnicos também avaliaram algumas sugestões da população.
Quando for decretada, a árvore não poderá ser cortada e será identificada como imune de corte em placas contendo também o nome popular e científico. A poda será vistoriada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente. A Secretaria aproveitou o trabalho para revisar a lista das 25 já decretadas imunes. Todas foram consideradas em condições de continuar na lista. “Elas estão bem, e vão continuar protegidas por decreto”, disse Trindade.
Outro bem ambiental municipal tombado pelo Patrimônio Histórico é o bosque Capão da Imbuia, onde fica o Museu de História Natural de Curitiba.