Não precisa ser um dia quente pra preocupar. Qualquer hora pode ser hora de um fogo trágico. Desde o inicio deste ano, Curitiba e região metropolitana já registraram 523 casos de incêndio envolvendo edificações. Tanto pros comércios quanto pras residências, os maiores responsáveis pelos incêndios têm sido os próprios proprietários, que deixam de lado os cuidados básicos. Segundo o Corpo de Bombeiros, os casos mais frequentes ainda envolvem a sobrecarga da fiação, causada pelo uso excessivo de aparelhos domésticos na mesma tomada.
“Ainda que muitos saibam dos riscos, os curtos-circuitos ainda causam mais incêndios que outros fatores. Mas outros descuidos, como esquecer o ferro de passar ligado, panelas ao forno, velas acessas, crianças sozinhas ou o aquecedor ligado, também colaboram. Todas essas distrações são muito recorrentes em incêndios domésticos”, revela o major do Corpo de Bombeiros do Paraná, Manoel Vasco de Figueiredo Junior.
A dica do major é evitar o uso de muitos aparelhos na mesma tomada e o uso de extensões. “Quando se trata de um foco pequeno, que pode ser controlado, o cidadão pode tentar abafar a chama ou levá-la pra um ambiente aberto. Mas quando é algo fora do controle, sempre recomendamos que acionem os bombeiros pra evitar ferimentos desnecessários”, orienta.
Já pra fábricas e comércios, os feriados representam a época de maior perigo. “Normalmente em datas festivas, quando as lojas e fábricas fecham, os incêndios ocorrem. Nesses casos geralmente algo foi esquecido, algum aparelho ligado, que acaba gerando pequenos focos, que não são contidos e se espalham com facilidade pelo grande volume de objetos dentro destes espaços, como mercadorias e produtos”, aponta.
Vistoria é obrigatória
Pra garantir a segurança dos imóveis em Curitiba, a Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi) tem realizado cerca de 130 vistorias por mês em toda cidade. “Fazemos a parte de vistoria pra certificar que todos os elementos de prevenção de incêndio, assim como qualquer outra situação que comprometa a estrutura daquele imóvel, estejam em perfeito funcionamento. Caso não esteja, notificamos o responsável”, afirma o coordenador da Cosedi, Marcelo Solera.
De acordo com ele, a principal irregularidade encontrada nos imóveis é a falta do certificado de vistoria dos bombeiros. “Anualmente, os sindicos dos prédios e condomínios devem solicitar a vistoria ao Corpo de Bombeiros.