O 50.º implante coclear – também chamado de ouvido biônico – de Curitiba foi realizado no último fim de semana pela equipe dos hospitais Pequeno Príncipe e Iguaçu.
Outros 56 pacientes esperam liberação dos convênios de saúde para serem implantados neste ano. Além disso, o Pequeno Príncipe tenta credenciamento junto ao Sistema Único de Saúde (SUS) para poder estender o benefício à população de baixa renda.
Desde 2006, quando o Hospital Iguaçu começou a realizar rotineiramente o procedimento, a cirurgia é a esperança para quem perdeu a audição por algum problema ou para quem nasceu com a deficiência.
A cirurgia de implante coclear pode ser indicada tanto para adultos quanto para crianças maiores de um ano de idade que apresentem surdez profunda, ou seja, que não ouvem nada e que não tenham benefício com aparelho auditivo tradicional, de acordo com o cirurgião otorrinolaringologista Maurício Buschle, chefe da equipe de implante coclear do Iguaçu. “A reabilitação da criança é mais rápida, pois geralmente a cirurgia é indicada quando ela está aprendendo a se comunicar com o mundo ao seu redor”, explica.
Considerado simples, o implante consiste em inserir na parte interna do ouvido um dispositivo eletrônico, composto por um grupo de eletrodos e um aparelho receptor. Atrás da orelha fica a parte que processa a fala, com um microfone e a bateria.
O implante substitui a função da cóclea, órgão do ouvido que codifica os sons, transformando os sinais sonoros em impulsos elétricos, o que faz com que o paciente possa ouvir. A comunicação entre os componentes externo e interno é realizada por meio de ondas de frequência transmitidas pela pele intacta (percutâneo).
Cerca de um mês após a cirurgia, é necessário ativar o aparelho com a ajuda de uma fonoaudióloga. Após a cirurgia, o paciente é submetido a sessões de fonoaudiologia por seis meses a dois anos.