Não se assuste se por um acaso você deparar com um bando de pessoas que parecem ter saído de um filme de George Romero, hoje (2), em Curitiba. Trata-se apenas do pessoal da Zombie Walk, que vai desfilar o seu visual de “zumbi devoradores de carne humana” pelas ruas da cidade. O evento, que surgiu em Toronto, no Canadá, chegou a Curitiba em 2008 de forma tímida, contudo, o movimento cresceu e vem ganhando cada vez mais adeptos.

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De acordo com uma das organizadoras da Zombie Walk, Flavia Noguera, até mesmo pessoas de outras cidades e Estados costumam participar do “evento zumbi” de Curitiba. “No Zombie Walk de Curitiba você encontra desde pessoas que vem de outros estados a famílias inteiras que não perdem uma edição. Há pessoas que voltam de viagem no domingo de carnaval para não perder a Zombie Walk Curitiba. Ainda não batemos o recorde brasileiro em números, mas temos o status de melhor e mais bem organizada Zombie Walk do Brasil.”, garante.

Por conta deste status, Noguera conta que o evento vai ganhando força a cada ano que passa. “Na primeira edição, em 2008, foram 25 participantes. Quando eu e o Docca Soares assumimos a organização da passeata, no ano seguinte, o número de ‘zumbis’ passou para 600. Ano passado, debaixo de muita chuva, seis mil pessoas fizeram parte da brincadeira.”, informa. Ela diz também que organizar um evento deste porte  é um misto de alegria e ansiedade. “Alegria por ver que nosso trabalho é curtido e apreciado por tanta gente, de todas as idades. Ansiedade por ver que o evento criou proporções que não esperávamos e que ainda acontece sem recursos financeiros. Pelo menos temos apoio e simpatia dos órgãos oficiais da cidade.”, explica.

A organizadora diz também que a Zombie Walk serve como uma alternativa para aquelas pessoas que não gostam do carnaval tradicional. “Nem todo mundo gosta de ir atrás do trio elétrico e, em Curitiba, temos uma vocação bem mais forte para o rock, sendo que temos bandas autorais incríveis com trabalhos reconhecidos no mundo todo.”, opina.

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Embora o evento conte com uma forte divulgação boca-a-boca e também nas redes sociais, desde o ano passado a Rede Paranaense de Comunicação (RPC) tem ajudado a apresenta-lo, inserindo teasers durante a programação. “Desde que nós abraçamos juntos este evento outras coisas foram acrescentadas como hot rods que acompanham a caminhada, premiação de melhores zumbis (prêmios doados por lojas e estúdios de tatuagem de amigos), maior apoio da Fundação Cultural de Curitiba, principalmente a partir da gestão que assumiu em 2013.”, diz. Porém,  Noguera garante que o que move a Zombie Walk é o “amor à causa”. “Continuamos fazendo o evento na garra, sem apoio financeiro de espécie alguma, usando recursos próprios quando necessário.”

O itinerário dos mortos-vivos deste ano será um pouco diferente. Eles irão caminhar (ou se arrastar?) pela Praça Osório, passando pela Rua XV até a Monsenhor Celso, de onde se dirigem para o Paço da Liberdade para a realização da coreografia de Thriller, música clássica do cantor Michael Jackson, cujo videoclipe apresentava diversos zumbis dançando. Após a dança, eles partem (atrás de cérebros?) pela Rua Barão do Rio Branco, até a Praça Eufrásio Correa. O evento é livre para todas as idades e a concentração começa a partir das 12h.

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