Curitiba teve, em 2009, dois grandes acidentes de trânsito que originaram muitas discussões e reflexões. O primeiro foi o acidente envolvendo o ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho e que causou a morte de dois jovens, em maio.

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No início de dezembro, quatro pessoas morreram após uma colisão na esquina da Avenida Batel com a Rua Francisco Rocha, um dos cruzamentos mais movimentados da cidade.

Os acidentes comoveram a população e motivaram campanhas de paz no trânsito. Esta é justamente uma das razões para a queda de quase 30% no número de atropelamentos, acidentes com vítimas e óbitos no trânsito curitibano, segundo o Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), vinculado à Polícia Militar.

No ano passado, foram registrados 896 atropelamentos nas ruas da capital, contra 1.052 em 2008. Isto representa uma queda de 25% nas ocorrências deste tipo.

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O número de acidentes com vítimas passou de 7.682, em 2008, para 6.079 em 2009. A diferença chega a 28%. Uma redução neste mesmo índice ocorreu no ano passado nos óbitos no local do acidente. Foram 72 mortes, contra 98 em 2008.

Segundo o tenente Periguary Dias Fortes, do departamento de Comunicação Social do BPTran, a queda na quantidade de atropelamentos, acidentes com vítimas e óbitos no local é influenciada por três fatores: educação, fiscalização e engenharia.

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“Os acidentes de grande repercussão ocasionaram campanhas de trânsito e a mídia focou muito o aspecto da punição e dos excessos. Isto fez com que os motoristas mudassem o comportamento, dirigindo com respeito aos limites de velocidade, aos semáforos e usando o cinto de segurança. Isto não significa que o trânsito esteja melhor. Mas contribui para as pessoas ficarem mais enquadradas, e isto sim evita acidentes”, afirma.

Fortes ainda ressalta que o BPTran, no ano passado, adotou uma intensa fiscalização nas ruas de Curitiba. São realizadas entre três e quatro blitze por semana em diferentes pontos da cidade. Para 2010, o batalhão promete intensificar ainda mais a fiscalização.

Radares

Os aparelhos permanecem desligados, mas na sexta-feira, a Consilux foi declarada vencedora da licitação, com um preço 34% menor do que o esperado pela prefeitura de Curitiba. Os radares estão fora de funcionamento desde o dia 3 de dezembro do ano passado. S

egundo a assessoria de imprensa da Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), que gerencia o trânsito na cidade, a média de infrações detectadas – mas agora não multadas -dobrou em relação ao período em que os radares estavam ligados. São 3 mil infrações por dia, em média, contra 1,2 mil dos dias “normais”.