Foi confirmado o primeiro caso de febre provocada pelo vírus Chikungunya em Curitiba. Trata-se de um caso importado da doença, em que o vírus foi contraído fora do estado. O paciente passou por tratamento e encontra-se bem. Não há nenhum outro caso suspeito sendo investigado na cidade.
O caso, identificado em fevereiro, vem sendo monitorado pela Secretaria Municipal da Saúde e a suspeita foi confirmada esta semana. O paciente é um homem, morador de um bairro central de Curitiba.
Ele relatou que na semana que antecedeu o início dos sintomas, viajou a negócios para Minas Gerais. Ao sentir os primeiros sintomas, em 5 de fevereiro, procurou um hospital da rede particular. Exames laboratoriais confirmaram a doença. A recuperação do paciente evoluiu bem e não houve sequelas.
Desde que o caso foi confirmado, uma série de medidas foi adotada pela Secretaria Municipal de Saúde, de acordo com o plano de contingência pré-estabelecido para a doença.
“Disponibilizamos informações sobre a doença no Portal da Saúde, intensificamos ações de educação e comunicação e reforçamos com os profissionais da saúde, através de informe técnico, a definição de casos suspeitos para que estejam alertas para o eventual surgimento de novo caso”, afirma o diretor do Centro de Saúde Ambiental, Luiz Armando Erthal.
A doença
A Chikungunya é uma doença febril infecciosa provocada por um vírus transmitido pelas fêmeas infectadas dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Entre os sintomas desencadeados estão febre repentina acima de 38,5 graus e dores intensas nas articulações, podendo também causar dor de cabeça, dor muscular e manchas vermelhas na pele. Esses sinais costumam ser percebidos de dois a 12 dias após a picada do mosquito.
“Para que o ciclo do vírus continue, o mosquito deve picar uma pessoa infectada durante o período de viremia, que dura seis dias”, explica a coordenadora municipal do Programa de Controle da Dengue, Juliana Martins. Não há mais nenhum caso suspeito sendo investigado na cidade.
O vírus Chikungunya foi identificado pela primeira vez em 1952, na Indonésia, e circula por alguns países de todos os continentes. No Brasil, foram identificados casos autóctones em Roraima, Amapá, Bahia, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais.
“A melhor recomendação de prevenção é que todos se conscientizem sobre a importância de eliminar criadouros de mosquitos em suas casas e na vizinhança”, diz Erthal.
Prevenção
O combate a focos de mosquitos que podem transmitir a febre Chikungunya tem sido objeto de ações conjuntas de órgãos municipais, que realizam seguidas inspeções em bairros da cidade.
O trabalho inclui visitas domiciliares, monitoramento quinzenal de pontos considerados estratégicos – como empresas de materiais recicláveis, ferros velhos, depósitos e borracharias –, atividades educativas e registro de infração em estabelecimentos comerciais que descumprem as adequações exigidas para combater os mosquitos.