Agentes do Programa Municipal de Controle da Dengue estão nesta sexta-feira (30) na Boca Maldita fazendo orientação sobre a dengue. A ação faz parte do trabalho prevenção e combate aos focos de proliferação do mosquito do Aedes aegypti – o mosquito transmissor da dengue. A meta da Secretaria Municipal de Saúde é zerar os focos na cidade.
A Secretaria mantém, em toda a cidade, um trabalho permanente de orientação à população e de vistorias, intensificado nessa época do ano em que as chuvas são mais constantes e os riscos de focos de proliferação do mosquito tendem a aumentar.
“Nosso trabalho não para, mas é preciso reforçar a campanha em algumas épocas do ano, como no verão”, diz o diretor do Centro de Saúde Ambiental da Prefeitura, Sezifredo Paz.
Na campanha, os agentes usam desde maquetes para contrapor os ambientes saudáveis e não recomendados até um ator fantasiado de mosquito transmissor. Na tenda “Curitiba Livre da Dengue”, os agentes entregam folhetos explicativos e dão recomendações básicas.
O administrador de empresas Carlos Romoski mora em apartamento e descobriu que mesmo assim pode ter em casa um foco de proliferação de mosquito. “Não sabia que o mosquito pode chegar a lugares altos. Vou tomar mais cuidado”, disse.
A agente disse que já foram encontrados focos do mosquito em apartamentos de mais de dez andares. Eles são carregados por outros meios, como roupas, sacolas e outros objetos, junto com as pessoas.
Menos focos
O número de focos de transmissão caiu de 2007 em relação a 2008, de119 focos para 49. Em janeiro de 2009, foram notificados 27 casos de dengue na cidade, mas nenhum dos casos confirmou a contaminação. Em 2008, os 28 casos confirmados foram pessoas que contraíram a doença em outras cidades.
Essa é outra preocupação que leva a Secretaria Municipal de Saúde a ampliar as campanhas de combate a dengue. Nas férias, os deslocamentos da população para outras regiões do país são mais frequentes e os riscos de importar o vírus para Curitiba também aumenta.
“A pessoa pode trazer o vírus e contaminar os mosquitos aqui”, explica a coordenadora do programa de Combate a Dengue da Prefeitura, Márcia Krempel. A dengue ocorre quando o mosquito Aedes aegypti contaminado pica alguém sadio e transmite o vírus causador da doença. Um mosquito sem vírus pode picar a pessoa doente e ficar contaminado, desencadeando a transmissão na cidade.
Para evitar a importação do vírus através de pessoas contaminadas em outras regiões do país, os Agentes de Saúde farão uma campanha na semana do feriado de Carnaval na Estação Rodoferroviária de Curitiba. Os passageiros vão receber dicas de como prevenir a dengue e constatar sintomas.
Febre alta, dores musculares e nas articulações, falta de apetite, dor no fundo dos olhos, mal-estar geral e manchas vermelhas pelo corpo. Caso apareçam alguns destes sinais ou sintomas, o serviço de saúde deverá ser procurado o mais rápido possível. Jamais se deve tomar medicamentos à base de ácido acetil salicílico, que pode agravar a forma hemorrágica da doença.
Cuidados básicos para evitar focos
. – Lave os vasos de plantas com esponja, depois de escorrer a água, e coloque areia grossa até a borda do pratinho;
– Escove os trilhos do box do banheiro pelo menos uma vez por semana;
– Coloque em sacos plásticos tampas de garrafas, latinhas, copos descartáveis e outros objetos que acumulam água. Feche bem os sacos e entregue ao lixo reciclável;
– Verifique se as calhas de sua casa não estão entupidas;
– Coloque água sanitária nos ralos três vezes por semana e tampe-os;
– Limpe a caixa d’água a cada seis meses e verifique se está bem tampada;
– Guarde materiais de construção (telhas, lonas plásticas etc) sempre secos e em local aberto;
– Guarde garrafas viradas de boca para baixo e em local aberto;
– Guarde pneus sempre secos e em local aberto, ou encaminhe-os para reciclagem;
– Limpe as piscinas uma vez por semana, tratando a água com cloro. Se não for usá-la, cubra a piscina com uma lona bem esticada, evitando o acúmulo de água.
