Dona do maior índice de motorização do País – um veículo por 1,4 habitante -, Curitiba recebe 1.140 carros novos por semana nas ruas. O crescimento acelerado da frota é um desafio e tanto para a recém-criada Secretaria Municipal de Trânsito.
A capital paranaense tem uma frota de 1.237.602 veículos, apontam dados do Detran do mês de agosto, para uma população de 1.751.907 habitantes, calculada pelo último Censo do IBGE.
Em 1998, primeiro ano da vigência do novo Código de Trânsito Brasileiro e da municipalização do trânsito, que criou a Diretran e órgãos similares em todo o País, Curitiba tinha praticamente a metade dos carros que tem hoje. Eram 655.383 veículos circulando na cidade para uma população de 1.530.777 habitantes em 1998.
Adequar o crescimento da frota aos limites de uma cidade com 432 quilômetros quadrados de área e 11,2 milhões de metros de pista de rolagem (segundo dados do Sistema Viário do Ippuc) exige informação, planejamento, engenharia, educação e fiscalização.
“Curitiba recebe cerca de 1.140 carros novos por semana. Temos a maior frota entre as capitais, proporcionalmente ao número de habitantes e a tendência é de crescimento. Investir na garantia da mobilidade segura e em alternativas de tráfego é a tarefa da Prefeitura que será coordenada pela Secretaria de Trânsito”, afirma o prefeito Luciano Ducci.
Em uma década (2001/2010) a frota de veículos de Curitiba cresceu 65,7%. Entram em circulação por mês, neste ano de 2011, perto de 5 mil novos carros. Somado a isso, quatro dos municípios paranaenses com maior crescimento da no último ano estão na Região Metropolitana. Em Araucária a frota cresceu 12,6% em 2010; em Colombo, 12,1%; mais 11,6% em São José dos Pinhais e 10,3% de Pinhais.
Obras viárias
A Prefeitura investe em obras de infraestrutura para a melhoria das ruas e avenidas e para a garantir a segurança e fluidez do tráfego. O Anel Viário, investimento de Curitiba em parceria com o governo do Estado, está em franca expansão. Já estão concluídos os primeiros 15 quilômetros de calçadas, obras de drenagem e implantadas ciclovias ao longo dos 25 quilômetros do Anel Viário.
O investimento na obra que será alternativa de tráfego ao redor do centro de Curitiba é de R$ 36 milhões, beneficiando oito bairros: Rebouças, Alto da XV, Alto da Glória, Centro Cívico, Bom Retiro, Mercês, Batel e Água Verde, numa obra que terá, ao seu final, 50 quilômetros de calçadas, 25 quilômetros de drenagem e outros 25 Km de infovia.
Outros grandes investimentos da cidade em mobilidade urbana se integram também à Região Metropolitana e preparam a Curitiba para a Copa do Mundo de 2014.
São aproximadamente R$ 360 milhões distribuídos em 15 grandes obras em várias regiões, seguindo um cronograma planejado para não causar transtornos à população.
Entre as obras estão a trincheira Bacacheri/Bairro Alto, Linha Verde Norte, binário Chile/Guabirotuba, Anel Viário, Rua 24 Horas, avenida Marechal Floriano Peixoto (fase 1), e as avenidas Toaldo Túlio e Fredolin Wolf. A Rua 24 Horas, um dos principais pontos turísticos da cidade foi reformada e modernizada e está em processo de reabertura.
Outra obra pronta é a avenida Toaldo Túlio, completamente refeita com novo asfalto, iluminação, calçadas e ciclovia. Junto com a Fredolin Wolf, que está com 60% das obras concluídas, formará uma nova ligação viária entre a BR 277/Santa Felicidade e os parques Tingui, Tanguá e Ópera do Arame.
Nos investimentos para a Copa do Mundo, como parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa do governo federal estão ainda previstos a extensão da Linha Verde Sul, com a duplicação da BR-116, iniciada neste mês pela concessionária OHL.
Outra obra que deve iniciar ainda este ano é a da requalifica&,ccedil;ão do corredor da avenida Marechal Floriano Peixoto, fase 2. O projeto foi analisado e aprovado pela Caixa e agora está sendo preparado o edital de concorrência. Pelo PAC da Copa serão investidos um total de R$ 222.210.526,32 em sete grandes obras de mobilidade em Curitiba.