Sem trégua ao mosquito

Curitiba promove Dia D contra a dengue

Restando pouco mais de um mês para o encerramento de 2011, Curitiba segue com zero caso de dengue autóctone, quando a pessoa é infectada no próprio município. Neste sábado (19) – Dia de Mobilização contra a Dengue – em consonância com o restante do País, a Secretaria Municipal da Saúde estará promovendo diversas atividades, na Boca Maldita e nas regionais do Boqueirão, Cidade Industrial (CIC) e Pinheirinho sobre a doença e os meios para evitá-la.

Na Boca Maldita, boa parte das atrações é voltada ao público infantil que, em primeira mão, poderá conhecer e brincar com um jogo eletrônico que tem por objetivo destruir o mosquito Aedes aegypti. As atividades vão até as 17h.

Embora a programação de hoje cumpra uma orientação do Ministério da Saúde, na capital, o Programa de Controle da Dengue atua o ano todo, com um universo de 160 agentes que, só neste ano, já visitaram 500 mil residências para orientar sobre o combate dos focos de proliferação das larvas do mosquito Aedes aegypti, bem como cuidados para evitar a contaminação em cidades cujo problema está instalado. “O nosso clima contribui para não termos o problema instalado, porém, de nada adiantaria essa condição natural favorável, se a cidade não tivesse adotado uma política permanente de controle e combate à doença. Isso porque o mosquito se adapta facilmente às condições adversas, tanto que hoje a dengue é uma doença prioritariamente urbana”, aponta o diretor do programa, Luiz Antônio Bittencourt Teixeira.

Dados da própria secretaria dão conta que, por mês, a cidade investe R$ 800 mil no programa que visa completar o ano sem qualquer caso de contaminação no município.
Sobre os casos de pessoas que foram infectadas fora da cidade e que tiveram a confirmação da doença em Curitiba, até este sábado foram registrados 58 doentes. “São casos importados, de moradores da cidade que viajam e não se protegem. Por isso realizamos um trabalho permanente em torno das rodovias, sobretudo, na BR-116 e BR 277”, conta a coordenadora do programa, Viviane Poletto. “Há situações em que o mosquito vem no carro, por isso recomendamos que passem inseticidas no automóvel e o deixem trancado por meia hora antes de retornarem, incluindo o porta-malas”, conta.

Outro foco de preocupação diz respeito aos ferros-velhos e residências em que se guarda muita coisa. “Qualquer lugar que se forme uma vala, até uma tampinha de garrafa, pode servir de criadouro da larva. Nesses casos, as pessoas precisam tentar eliminar ou redobrar a atenção com esses recipientes”, orienta Poletto.

Brincando de aprender

O jogo eletrônico sobre a dengue, que as pessoas poderão acessar na Boca Maldita neste sábado, foi desenvolvido pelo médico veterinário do Programa de Controle de Dengue, Eric Koblitz. Para que mais pessoas possam jogar, o jogo terá somente uma fase, que deve durar de cinco a dez minutos. “O personagem do jogo é o agente de saúde e as diferentes situações que ele encontra durante as visitas e ações de combate”, explica Koblitz.

Futuramente, o jogo completo, com cinco fases, poderá ser disponibilizado no site da Secretaria de Saúde. “Também planejamos fazer um módulo para treinamento de funcionários”, antecipa.

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