Os trabalhadores responsáveis pela coleta de lixo em Curitiba anunciaram, nesta sexta-feira (14), o prazo legal de 72 horas para entrarem em greve, caso não sejam atendidas as reivindicações da campanha salarial da data-base do mês de março.
A decisão foi tomada por uma comissão do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio e Conservação de Curitiba (Siemaco) em assembleia realizada na última quarta-feira (12).
Eles exigem da Prefeitura de Curitiba e da empresa terceirizada pelo município Cavo Serviços e Meio Ambiente, reajuste salarial de 20% e o aumento de 30% no valor atual do vale-alimentação de todos os trabalhadores.
O prazo para atender aos pedidos termina na próxima segunda-feira (17), às 17 horas, quando acontece nova reunião entre o Siemaco, a Prefeitura, a empresa Cavo e o Ministério do Trabalho.
O presidente do Siemaco, Manassés Oliveira da Silva, disse que há pressa da categoria, pois a folha ponto fecha no próximo dia 20. Por isso, diz ele, as negocições terão prazo exíguo para se encerrar com a Prefeitura.
Em caso de negativa às reivindicações, os trabalhadores vão se concentrar na terça-feira (18) pela manhã, às 7h, em frente à sede da companhia Cavo, para a votação geral referente à paralisação.
O sindicato promete reunir trabalhadores para o encontro que deixaram os serviços em prol do movimento. Com isso, segundo a assessoria de imprensa do Semeaco, 90% devem aderir à greve. Permanecem funcionamento apenas os serviços emergenciais, de limpeza dos hospitais. Atualmente, 2,5 mil trabalhadores atuam nos serviços de limpeza na capital paranaense.
Para quantificar, hoje um coletor de lixo recebe R$ 1016,60 e outros R$ 613,80 de vale alimentação. Os varredores recebem R$ 871,20 de salário; os serventes, R$ 859,95, os coletores de lixo reciclável R$ 973,99; e os operadores de roçadeira, 983,33. O valor do vale-alimentação é o mesmo para todas as funções.
A Secretaria de Meio Ambiente informou ao Paraná Online, entretanto, que aguarda o resultado das negociações antes de divulgar qualquer eventual providência.
Disse ainda que existe grande possibilidade de sucesso no acordo com os trabalhadores da limpeza pública da capital paranaense. Mas, em caso de desajuste, tomará as devidas ações para atender a população.
Em outras duas tentativas de acordo, a Prefeitura ofereceu 7% de aumento no valor do salário e do tíquete-refeição e posteriormente, 8,5% e 9,5% para cada requisição dos trabalhadores, respectivamente. Nenhuma oferta foi aceita pelo sindicato que requer outro índice.