Curitiba mobilizada contra a dengue

Ações preventivas e de orientação à população marcaram as atividades do Dia D Contra a Dengue em Curitiba. Em diversos bairros e no centro da cidade, agentes comunitários promoveram atividades, como mutirões de limpeza, varreduras em casas, ruas e panfletagem. Na regional Boqueirão, onde foi identificado o maior número de focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, as atividades foram intensas durante todo o dia.

Logo pela manhã, uma caminhada saindo do Terminal da Vila Hauer percorreu as principais ruas do bairro convocando a população a participar da campanha. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Michele Caputo Neto, nos bairros da regional Boqueirão estão concentrados um grande número de borracharias, oficinas e ferro-velhos, locais que exigem o devido cuidado, para não permitir a proliferação do mosquito. “Esses lugares concentram água parada, que é tudo que o Aedes precisa para se reproduzir”, disse.

Segundo Caputo Neto as atividades de combate à dengue não se restringem à campanha nacional promovida ontem. “A secretaria está mobilizada há vários meses, pois o mosquito não se reproduz apenas no verão”, disse o secretário, acrescentando que nessa época do ano as atividades serão intensificadas. O secretário ressaltou que o município recebeu R$ 440 mil do Ministério da Saúde para ampliar o programa de controle da dengue. Com esses recursos, a secretaria irá ampliar em 30% a cobertura existente.

Embora Curitiba não tenha casos autóctones da doença – em 2002 foram 149 casos e 22 esse ano, todos importados -, foram localizados 60 focos do mosquito transmissor. Michele Caputo Neto disse que, para evitar que esses focos aumentem, a população precisa colaborar. Além dos cuidados básicos – como não deixar água parada e colocar areia nos vasos de plantas -, permitir o trabalho nas residências dos agentes municipais de saúde. Segundo o secretário, esses profissionais estão encontrando dificuldades de acesso junto à população de classe média. “As pessoas tem que saber que dengue não escolhe classe social, por isso todos, independente da posição, precisam fazer sua parte”, finalizou.

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