O referendo sobre a comercialização de armas de fogo no Brasil foi bastante tranqüilo no Paraná. Durante o período da votação, das 8h às 17h, ninguém foi detido por crime eleitoral – boca-de-urna – no Estado. Apesar da apuração da consulta popular ter sido concluída antes das 20h, os resultados só foram divulgados após esse horário.
Isso aconteceu porque em alguns locais do País, devido ao horário de verão, a votação ainda estava ocorrendo, e a divulgação de dados parciais poderia influenciar os eleitores.Do total de 23.154 urnas usadas no Paraná, 154 apresentaram algum tipo de problema e tiveram que ser substituídas -12 delas em Curitiba. 32 seções eleitorais no Estado tiveram votação manual – apenas uma na capital.
O vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e presidente da comissão apuradora, desembargador Clotário Portugal Neto, ressaltou que essas substituições não atrasaram o processo de apuração, que encerrou os trabalhos dentro do horário previsto. Em Curitiba, a apuração foi totalizada uma hora depois de encerrada a votação, sendo a primeira capital a divulgar o resultado.
Sem prisões
O desembargador destacou que o referendo foi um dos processos eleitorais mais tranqüilos no Estado. "O fato que ninguém ter sido preso por boca-de-urna demostra a atitude louvável do eleitorado paranaense", ponderou, acrescentando que espera esse mesmo comportamento no ano que vem, quando serão eleitos o novo presidente da República, deputados, senadores e governadores. O gasto com o referendo no Paraná foi de cerca de R$ 7 milhões. Esses recursos foram empregados, entre outros, com o treinamento de pessoal, confecção de cédulas, transporte e alimentação.
