Curitiba encerra pesquisa sobre focos da dengue

A Secretaria Municipal da Saúde encerra nesta quinta-feira (30) – se a chuva não atrapalhar – o sexto Levantamento de Índice Rápido de Infestação (Lira) para dengue. A ação faz parte da pesquisa amostral coordenada pelo Ministério da Saúde em 169 cidades brasileiras para identificar a ocorrência de focos do mosquito “Aedes aegypti”. Até terça-feira (28), os 150 agentes encarregados da pesquisa não haviam encontrado criadouros do inseto nos bairros inspecionados.

O trabalho começou no último dia 20, com o objetivo de inspecionar 20 mil imóveis, entre residências, a parte térrea e o subsolo de edifícios residenciais e comerciais, lojas e estabelecimentos de serviços, e já produziu resultados positivos. “Além de nos receber muito bem, a população está denunciando situações suspeitas de favorecimento da infestação pelo serviço 156”, conta a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, Márcia Saad.

Desde o início do Lira, 43 denúncias foram registradas no serviço de atendimento ao público e estão sob investigação. Nos últimos três meses, o maior número de notificações aconteceu em agosto, com 49 denúncias durante todo o mês. Para a coordenadora, esse é um bom sinal de que as pessoas estão atentas para o risco e, se a situação é no vizinho desatento, pedem a ajuda da Prefeitura. “É uma grande ajuda para Curitiba manter o mosquito longe e continuar sem registrar casos locais da doença”, afirma.

Curitiba notificou neste ano 539 casos de dengue. Desse total, apenas 27 foram confirmados. Em todos, a contaminação ocorreu longe de Curitiba. Foram dois casos no Amazonas, dois na Bahia, dois em São Paulo, cinco em Rondônia, um em Minas Gerais, um em Goiás e catorze no Rio de Janeiro. E dentre os 75 bairros da cidade, em apenas quinze foram encontrados e eliminados até agora 46 focos.

Pesquisa

De posse das fichas resultantes das últimas visitas, a Secretaria Municipal da Saúde reunirá todos os dados apurados a partir desta sexta-feira (31) e os repassará à Secretaria Estadual da Saúde. De lá, as informações seguirão para a coordenação nacional do programa, no Ministério da Saúde, que processará os dados vindos de todas as cidades participantes da pesquisa e publicará um ranking nacional sobre a infestação com o mosquito.

“Se o tempo dificultar a ação dos pesquisadores nesse último dia, teremos que adiar um pouquinho o encerramento do trabalho. Mas não seria nada que interferisse na conclusão do levantamento porque a maior parte dele já está feita”, explica Márcia Saad.

Visita

É fácil reconhecer o agente da dengue encarregadado da pesquisa. Ele se apresentará vestindo obrigatoriamente o uniforme usado nas ações de rotina – calça azul, camiseta branca com uma faixa amarela no peito, o brasão da Prefeitura de Curitiba e a logomarca da empresa Saneamento Ambiental Urbano (S A U), boné, mochila e crachá de identificação, e se apresentará entre 8h30 e 17h30.

No imóvel sorteado para inspeção, o agente examinará ralos internos e externos, pratos de vasos de plantas e todos os utensílios e objetos que acumulem água da chuva – locais que podem servir de criadouro para o mosquito da dengue. O objetivo é identificar a existência de focos do inseto. O agente coletará amostras de água dos locais onde houver larvas de insetos.

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