Curitiba e Florianópolis disputam eventos da ONU

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Coferências mundiais, em maio
de 2006, reunirão 6 mil pessoas,
de 192 países, durante 21 dias.

O Ministério do Meio Ambiente deve anunciar nesta semana o nome da cidade que vai sediar, no ano que vem, as conferências mundiais de biodiversidade e biossegurança promovidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) pela primeira vez no Brasil. A disputa, que já envolveu 11 cidades brasileiras, está agora entre Curitiba e Florianópolis.

A cidade escolhida será transformada, durante 21 dias, em território da ONU, onde se reunirão representantes de 192 países – no total serão seis mil participantes diretos -, entre eles, chefes de Estado e autoridades de diferentes instituições mundiais.

A escolha da cidade que será sede, em maio de 2006, da 8.ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP8) e do 3.º Encontro das Partes da Convenção do Protocolo de Cartagena ou Biossegurança (MOP3), cabe à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva. Foi a própria ministra quem propôs a realização das duas conferências no Brasil, no ano passado, durante a conferência realizada em Kuala Lampur, na Malásia.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, não há uma data fixada para o anúncio da cidade vencedora porque o assassinato da missionária norte-americana Dorothy Stang, no Pará, no último dia 12, alterou a agenda da ministra. Marina Silva viajou ao Pará para acompanhar a investigação do crime.

Além de Curitiba e Florianópolis, também Foz do Iguaçu, Porto Alegre e Salvador eram finalistas na disputa pela captação do evento. Visitas técnicas e estudos sobre as condições das cinco cidades foram feitos pelos ministérios do Meio Ambiente, Relações Exteriores e do Turismo.

Chefes de Estado

Por causa da complexidade do evento e o perfil de seus participantes – já que muitos chefes de Estado participarão das discussões – as cidades escolhidas passaram por uma análise criteriosa. Entre os aspectos considerados, estão: a infra-estrutura geral da cidade, condições e capacidade do aeroporto, fluxo de vôos, rede hoteleira e demais serviços, acesso, adequação e qualidade das instalações do centro de convenções. Também estão sendo levadas em conta questões relacionadas à segurança, logística, interesse da iniciativa privada e o comprometimento e o envolvimento das autoridades locais.

A captação do evento para Curitiba está sendo articulada pelo Curitiba Convention & Visitors Bureau – instituto sem fins lucrativos mantido pela iniciativa privada para promover o turismo na capital – com o apoio de diversos setores.

O prefeito Beto Richa está empenhado em trazer o COP8/MOP3 para Curitiba. Em janeiro, ele encaminhou cartas aos ministros do Meio Ambiente, Marina Silva, e do Turismo, Walfrido Mares Guia, e ao presidente da Embratur, Eduardo Sanovicz. No documento, o prefeito colocou a cidade à disposição dos organizadores das conferências. Um dossiê que detalha a capacidade e disposição de Curitiba para sediar as conferências também já foi entregue, por uma missão curitibana, em audiência no Ministério do Meio Ambiente.

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