Centenas de fiéis lotaram ontem a Catedral Basílica de Curitiba, na Praça Tiradentes, para a missa de sétimo dia do papa João Paulo II. A celebração religiosa teve início ao meio-dia e foi presidida pelo arcebispo da capital, dom Moacir Vitti.
?A missa é uma forma de a Arquidiocese de Curitiba homenagear o papa João Paulo II, ao qual sempre manifestou um grande amor, principalmente devido à sua visita à capital paranaense (no ano de 1980)?, declarou dom Moacir. ?João Paulo II, durante todo seu papado, buscou o diálogo ecumênico, sabendo penetrar no coração dos católicos e também dos não católicos. Ele sempre trabalhou pela harmonia entre os povos?.
A missa teve duração de cerca de uma hora e contou com a participação de integrantes dos grupos das sociedades polônicas Pilsubski, Kosciuscko e Juventus, que entraram na Catedral com bandeiras do Brasil e da Polônia e exibiram trajes típicos poloneses. As músicas ficaram por conta da orquestra Paraná Brass, do coral polonês da Colônia Murici e do coral João Paulo II.
Durante toda a celebração, um quadro com a imagem do papa ficou exposto no altar. No final das orações, foi realizada uma revoada de pombos. Em frente à igreja, ficou exposto o carro que João Paulo utilizou quando visitou Curitiba: um Landau ano 1976, pertencente ao governo do Estado e sob a guarda do Veteran Car Club do Paraná.
Fiéis
Muitos fiéis não conseguiram encontrar lugar para sentar dentro da Catedral e assistiram a missa em pé. Alguns sequer conseguiram entrar no local. Porém, a maioria considerava o sacrifício válido. ?O papa era uma pessoa maravilhosa e merece uma última homenagem. Estou abrindo mão de meu horário de almoço para assistir a missa?, disse a comerciante Neuza Maria Nunes, que assistiu a celebração da porta da Catedral.
O mesmo aconteceu com o assessor parlamentar Ismair Siqueira. ?A grande quantidade de pessoas na missa mostra que o papa era uma figura unânime. Sempre o admirei e tenho certeza que ele vai permanecer por muito tempo na memória e no coração das pessoas?, afirmou.
