PAC 2

Curitiba buscará recursos a fundo perdido do PAC 2 para o metrô

Os recursos para a implantação da Linha Azul, a primeira linha de metrô da Rede Integrada de Transporte de Curitiba, poderão vir do PAC2, Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal que será definido nos primeiros meses de 2010. Esse foi o resultado da reunião do prefeito Beto Richa com o ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, que aconteceu nesta sexta-feira (18), na Prefeitura de Curitiba.

A decisão foi tomada pelo prefeito diante da definição do Governo Federal de que os recursos para o PAC da Copa, que vêm sendo negociados pela Prefeitura de Curitiba e Ministérios, resultariam em financiamento com recursos da Caixa Econômica Federal.

“Sendo um financiamento e considerando o alto custo do metrô, comprometeria a capacidade de endividamento da Prefeitura. Parte do custo do metrô tem que ser recurso do Governo Federal a fundo perdido, como aconteceu em outras cidades. Queremos contar com recursos do Orçamento Geral da União”, disse Richa, que citou ainda a possibilidade de, além dos recursos do governo federal, haver a formação de uma PPP (parceria público-privada) para a implantação da Linha Azul, como é chamada a linha do metrô de Curitiba.

Com a decisão, ainda não está certo se a Linha Azul, ou o primeiro trecho dela (do CIC Sul à Praça Eufrásio Correia) estará em funcionamento até a Copa do Mundo de 2014. “Se não for possível, o nosso atual modal, o ônibus, estará adequado para atender durante os jogos”, disse Richa. “A FIFA não exige a implantação do metrô para a realização dos jogos, mas que haja melhorias na infraestrutura da cidade e na mobilidade, e isto será feito.”

“Esta foi uma decisão mais sólida. Fica mais coerente com o que estamos fazendo com outras cidades. Porto Alegre também queria uma linha de metrô no PAC da Copa. Porto Alegre vai esperar, não terá o metrô no PAC da Copa. Mas já combinamos com a Prefeitura de Porto Alegre que será negociado no PAC2”, justificou o ministro. “Com a negociação do metrô de Curitiba para o PAC2, pode ser viável buscarmos recursos para os 22km de extensão e não apenas para o primeiro trecho”, disse Paulo Bernardo. “Não vemos nenhuma razão para não termos parceria com a Prefeitura de Curitiba neste projeto”, afirmou.

As conversas para o PAC2 começam na semana que vem, quando haverá, em Brasília, uma reunião com a participação de representantes da Prefeitura de Curitiba e Ministérios do Planejamento e Cidades. A Prefeitura também deverá informar quais são as outras obras que poderão entrar no PAC da Copa, com a retirada do metrô deste PAC.

De acordo com Paulo Bernardo, independentemente da retirada do projeto do Metrô do PAC da Copa, os recursos já garantidos pelo Governo Federal para a avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico, que será revitalizada para receber a passagem do novo ônibus Ligeirão Boqueirão/Centro Cívico e ganhará um calçadão para pedestres, o Sistema Integrado de Mobilidade e a ligação Aeroporto-Rodoviária, com a revitalização da avenida Comendador Franco, já estão confirmados. Estas obras, que vão melhorar a infraestrutura e a mobilidade da cidade para a Copa do Mundo de 2014, terão recursos do PAC da Copa que totalizam, até agora, R$ 152,9 milhões.

O ministro explicou ainda que não existem cotas definidas para cada cidade e informou que, fora São Paulo e Rio de Janeiro, que deverão receber financiamentos maiores do que as demais cidades, os valores podem variar de R$ 450 milhões a R$ 600 milhões por cidade.

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