A Secretaria Municipal da Saúde abrirá na próxima segunda-feira (24) a Semana de Combate à Tuberculose. Varreduras para identificação de portadores do bacilo causador da doença em áreas de risco, palestras nas salas de espera das unidades de saúde e escolas, além da abordagem do tema por meio da dança, do teatro e de uma feira temática estão entre as atividades organizadas nos nove distritos da Secretaria Municipal da Saúde para acontecer até o dia 28 (sexta-feira).
O objetivo das atividades é chamar a atenção do público para a necessidade do diagnóstico precoce e do tratamento com antibióticos, que são fornecidos gratuitamente. "A tuberculose tem cura mas, se não for identificada e tratada no início, pode deixar seqüelas e até mesmo matar", alerta a responsável local pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose, Elizabeth Wistuba.
A tuberculose é uma doença infecciosa de transmissão aérea classificada pelo Ministério da Saúde como em estado de emergência. Ela ocorre quando uma pessoa contaminada elimina o bacilo de Koch por meio da tosse, do espirro ou da fala e contamina alguém sadio.
O principal sintoma é a tosse (seca no início e, depois, com secreção). Ao evoluir, a doença também provoca febre discreta ao cair da tarde e escarro com sangue. Nessa fase, a pessoa já perdeu peso e não tem apetite. Para adoecer, o indivíduo precisa estar com a imunidade baixa. É o caso das pessoas desnutridas e imunodeprimidas. Em caso de suspeita, é indispensável procurar a unidade de saúde mais próxima de casa para investigar a possibilidade.
O Brasil ocupa o 15º lugar entre os 22 países responsáveis por 80% dos cerca de 8 milhões de casos registrados anualmente no mundo. A incidência nacional é de 47 por 100 mil habitantes. Curitiba está entre os 315 municípios que concentram 70% dos casos identificados no país e, por isso, a Secretaria Municipal da Saúde trabalha intensamente para baixar a média de 400 casos novos/ano – o que equivale a um coeficiente de incidência de 30/100 mil habitantes. O dado é de 2007. No início da década, o número de notificações superava 500 casos.