Foto: SMCS

Placas já estão instaladas em diversos pontos de Curitiba.

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Por determinação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a partir da próxima segunda-feira, passa a ser obrigatório em todo o País o uso de placas de sinalização nas vias onde estiverem instalados os radares. Segundo o presidente da Urbs, Paulo Afonso Schmidt, em Curitiba não haverá mudanças porque a sinalização já existe há dois anos.

Ele explica que a sinalização foi promessa de campanha do prefeito Beto Richa e cumprida no início de sua gestão. Agora, dois anos depois, o Contran baixou uma resolução exigindo a sinalização. O ministro das Cidades, Márcio Fortes de Almeida, afirmou que ?queremos que a fiscalização seja educativa e não arrecadatória. O equipamento deve ser claramente visível para cumprir o objetivo de salvar vidas?.

Schmidt diz que na capital existem placas que indicam a velocidade máxima permitida nas vias e a existência dos aparelhos. Além disso, foram pintadas no asfalto faixas verdes de trepidação próximas aos radares e os postes dos medidores de velocidade foram coloridos de amarelo. Alguns foram até relocados para lugares mais visíveis, como pede a resolução.

O Contran vai além e exige também que sejam feitos estudos que comprovem ao Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) a necessidade e eficácia do uso dos radares. Na capital, o estudo dos 110 radares instalados já foram encaminhados aos órgãos competentes e a população pode ter acesso junto à Urbs.

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Segundo Schmidt, os estudos mostram que, mesmo sinalizados, os radares estão conseguindo cumprir o seu papel. De acordo com dados do Batalhão de Policiamento de Trânsito (BPTran), de 2004 para 2005, o número de atropelamentos caiu 22,1%, já descontada a evolução do crescimento da frota de veículos. Nos demais tipos de acidentes, a redução foi de 11,6%. O índice de mortes no local do acidente permaneceu estável, com uma morte para cada 10 mil veículos. O número de feridos baixou 13,5%.

Além disso, o número de multas caiu. Em 2004, foram registradas 105 mil e, em 2005, com a sinalização, baixou para 80 mil. O ano de 2006 fechou com um número parecido. Para Schmidt, os radares são importantes porque inibem os excessos.

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Ele argumenta que as atividades educativas são importantes, mas sozinhas não dão conta. ?É preciso haver uma fiscalização?, completa. De acordo com a legislação, o motorista que ultrapassar 20% da velocidade permitida terá que pagar uma multa de R$ 85,13 e ganhará quatro pontos na carteira. Entre 20% e 50% acima velocidade permitida, paga R$ 127,69 e ganha cinco pontos. Acima disso, paga R$ 574,61 e tem a carteira apreendida.

O dinheiro arrecadado com as multas é aplicado em ações educativas, estrutura do trânsito e sinalização. No entanto, a Prefeitura não soube informar o montante arrecado com as penalizações.