Foto: Aliocha Maurício/O Estado |
Procedimentos básicos reduzem os riscos. continua após a publicidade |
Não existem dados, mas sabe-se que todos os dias dezenas de pessoas são vítimas de infecções hospitalares e, em alguns casos, elas podem levar à morte. No entanto, boa parte poderia ser evitada se o simples ato de lavar as mãos fossem práticas constantes dos profissionais da saúde. Mas as estatísticas mundiais apontam o contrário. Menos de 50% adotam o procedimento a cada consulta. E, ontem, no Dia Nacional do Controle das Infecções em Serviço de Saúde, a importância desses cuidados foi ressaltada.
O primeiro a perceber que a infecção hospitalar era um perigo foi um obstetra húngaro no século XIX. Ele verificou que morriam mais parturientes quando elas eram atendidas por estudantes de medicina que tinham vindo direto de aulas de necrópsia. O índice de mortalidade caiu de 18% para 2% quando os estudantes começaram a lavar as mãos. Porém a idéia só ganhou força a partir de 1950, quando aumentaram muito as infecções em berçários.
Mas mesmo com o fato de os profissionais da saúde conhecerem o procedimento e concordarem com a sua importância, nem todos colocam em prática. Por isto, desde 1980 os hospitais são obrigados a ter uma comissão que fique de olho na infecção hospitalar.
No caso do Hospital Vita Batel este índice é de 1,2%, bem abaixo do máximo permitido pela Organização Mundial de Saúde que é 5%. A médica infectologista e epidemiologista que coordena o Núcleo de Controle de Infecção Hospitalar do hospital, Marta Fragoso, explica que o núcleo capacita os profissionais, e todo mês analisa os casos de infecção, levantando as causas do problema. Alguns não têm como ser evitados, mas se a situação foi decorrente de um procedimento que não foi feito de forma correta, é corrigido. (EW)