Cuidados para evitar furtos nas férias

Fim de ano, época de viagens, férias e diversão. Mas é também quando aumentam os assaltos a residências vazias. Sem resistência, assaltantes encontram mais facilidade para praticar o furto.

Para evitar esse incômodo, deixar um parente, conhecido ou até uma empresa para monitorar a casa é uma das principais orientações do delegado Rubens Recalcatti, da delegacia de Furtos e Roubos de Curitiba. ?Alguém precisa abrir a casa, recolher a correspondência e o jornal para mostrar que tem alguém no local. De preferência, deixar um cachorro e colocar grades nas janelas?, aconselha.

Um hábito comum, mas que deve ser evitado, é deixar a luz de dentro de casa ligada. Vista durante o dia, é um sinal claro de que não há ninguém. Uma opção é adquirir equipamentos eletrônicos que acendem à noite e apagam durante o dia. Outra dica é programar o rádio ou a televisão para ligar de tempos em tempos.

Não esquecer de deixar um telefone para contato é apontado como fundamental pelo delegado. ?Muitas vezes, a polícia é chamada para atender um arrombamento e não encontra as pessoas para entregar o imóvel, não há um telefone para o qual se possa ligar. Mesmo com o auxílio de vizinhos, em muitas casas não de sabe exatamente o que foi levado para registrar o boletim de ocorrência?.

A Secretaria de Estado de Segurança Pública não quis divulgar estatísticas sobre o aumento de assaltos a residências nessa época do ano. Mas muitos policiais concordam que esse é o período de maior número de ocorrências. Segundo o funcionário da empresa de segurança PoliService Jorge Fernandes, no final de ano o aumento de furtos e roubos a domicílios pode chegar a 40%. ?O meliante não quer ter dificuldades na hora de entrar em uma residência e por isso procura casas vazias, com pouca segurança, entradas facilitadas, muros baixos e janela sem grade?, aponta.

Seguro

Nas férias, aumenta também a procura por seguro residencial. Na Indiana Seguros, a alta na contratação do serviço foi de 54% em 2006, em relação à média anual. A expectativa é que o desempenho se repita este ano, uma vez que a média nos dois últimos meses já é 21% superior à média anual. Além da preocupação com assaltos, a maior procura acontece por causa da maior ocorrência de raios, que provocam danos nos eletrodomésticos.

Comunidade vigiada

Vigilância coletiva é a bandeira do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) do bairro Jardim das Américas, em Curitiba. Os moradores, em conjunto com a Polícia Militar, criaram o projeto Vizinho Solidário. A partir da organização da comunidade, vizinhos se responsabilizam por alertar outros moradores quando percebem alguma ação estranha.

A organização é feita de quadra a quadra e os vizinhos cuidam uns dos outros, em caso de viagem ou não. ?Veículos parados por muito tempo na rua ou pessoas desconhecidas circulando são motivo de atenção?, apontou Pedro Forcadell, da diretoria da Conseg, que acredita ser a prevenção fundamental para evitar assaltos. Com as viagens de fim de ano, o projeto se intensifica e os resultados já são visíveis. Segundo o aspirante da PM, Valdir Goedert, depois da implantação do projeto, a principal ação policial é de abordagem de suspeitos, após o alerta de moradores. Antes disso, a PM atendia, em maior escala, roubos de veículos e arrombamentos. ?Todos mantêm uma lista com telefones, incluindo o número da viatura que atua na região, o que facilita a chegada de reforço, se necessário?, afirmou o presidente do Conseg, Mário Schlickmann.

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