Sair à noite é sinônimo de perigo quando as pessoas se preocupam mais com a diversão do que com a própria segurança. Não existem dados precisos, mas segundo a Polícia Militar do Paraná, as pessoas que vão para a balada costumam ficar mais suscetíveis a terem seus objetos pessoais furtados e serem vítimas de golpes.
?Ao sair à noite, muitas pessoas se excedem no horário e no consumo de bebidas alcoólicas, não adotando comportamentos de segurança. Quando a diversão é aliada ao álcool, é comum que as pessoas fiquem alteradas e não enxerguem os riscos?, afirma o chefe do setor de planejamento do Comando de Policiamento da capital, major Douglas Dabul.
A pouca luminosidade das ruas e casas noturnas também contribui com a ação dos bandidos. Esses agem de formas diferenciadas dependendo do local em que se encontram. Em ambientes movimentados, o mais comum é que sejam furtados celulares, carteiras e bolsas. Em locais desertos, as vítimas geralmente são abordadas e, além dos objetos pessoais, muitas vezes são forçadas a entregar o carro que utilizam.
Porém, também existem quadrilhas especializadas em golpes. Um dos mais comuns simula um pequeno acidente de trânsito. Segundo Dabul, os bandidos batem na traseira do veículo da vítima. Quando ela pára e vai verificar o que aconteceu, acaba sendo rendida. ?Também há relatos de marginais que ficam observando a chegada de clientes em casas noturnas, avaliando seus veículos. Depois que a vítima escolhida entra no bar, eles a chamam e dizem que houve algum problema com o carro deixado estacionado. Quando a pessoa vai verificar, é rendida e descobre o golpe.? Em qualquer situação, o major diz que é importante que a polícia seja comunicada do ocorrido.
Risco
Há alguns meses, o engenheiro eletrônico Jorge Leal saiu de um bar de Curitiba às 5h e acabou sendo vítima de violência. Ele saiu do Batel e foi a pé até a Praça Tiradentes. Ao tomar o ônibus, acabou dormindo, passando do ponto de desembarque e retornando à praça. No local, ao desembarcar, foi abordado pelas costas por um indivíduo que levou seu celular. ?Depois disso, comecei a tomar mais cuidado. Estou saindo menos e, quando saio, procuro ficar atento?, conta.