A Urbs, que gerencia o transporte coletivo de Curitiba e parte da Região Metropolitana, alerta aos passageiros de ônibus: o cartão-transporte é pessoal e intransferível, tem o nome do usuário impresso, e não pode ser vendido.
A empresa recebeu denúncias anônimas sobre a venda ilegal de cartões carregados com créditos. ?Pode ser golpe. Quem comprar pode perder todo o dinheiro?, afirma o coordenador do sistema de bilhetagem eletrônica da Urbs, Geraldo Boz Júnior.
Os golpistas fazem o cartão-transporte no próprio nome ou usam o de parentes e amigos, abastecem com grande quantidade de créditos e oferecem pela metade do preço para outros passageiros. Na hora que o comprador verifica o saldo do cartão, os créditos estão lá, mas no dia seguinte o golpista cancela o cartão alegando que foi furtado ou extraviado. Os créditos ficam bloqueados e voltam para o golpista, que faz segunda via do cartão.
Malícia
Segundo o gerente de bilhetagem eletrônica, o passageiro cai no golpe por ignorância ou por malícia. ?A vítima pode ignorar que o cartão é pessoal, embora cada cartão tenha o nome do passageiro impresso, ou pode achar que está levando vantagem financeira sobre o golpista. De um jeito ou outro, vai sair perdendo?, diz.
Numa das denúncias anônimas recebidas pela Urbs, uma mulher, vítima do golpe, achou que estava fazendo economia ao comprar o cartão de um homem com 100 créditos e pagando ?apenas? R$ 100, em vez dos R$ 180 pelo preço real. A vítima se recusou a levar a denúncia à polícia, por saber que tinha feito transação ilegal.