Servidores públicos de Curitiba, região e litoral serão atendidos provisoriamente, a partir de terça-feira, no Hospital da Cruz Vermelha. Funcionários e dependentes que usam o Sistema de Assistência à Saúde (SAS) e contavam com os serviços do Hospital da Polícia Militar (HPM) serão encaminhados ao novo local por determinação do governador Beto Richa. Servidores militares continuarão atendidos no HPM.
A Cruz Vermelha passará a atender em caráter emergencial por até 180 dias, conforme orientação do Tribunal de Contas. Nesse período, o governo prepara licitação para firmar contrato com prestador de serviço definitivo. O Fórum das Entidades Sindicais dos Servidores Estaduais do Paraná (FES) cobra novo modelo de gestão para a saúde dos funcionários. “Como estávamos sem atendimento há mais de quatro meses, essa solução é melhor que nada. Mas é paliativa. Queremos o novo modelo de gestão”, declara Marlei Fernandes de Carvalho, presidente da APP-Sindicato e coordenadora do FES.
Repasse
Uma das exigências do fórum é o pagamento da verba aos hospitais. O valor é de quase R$ 30 reais por vida, o que totaliza quase R$ 3,5 milhões mensais, sem prestação de contas. O valor repassado é integral, independente do número de atendimentos. Em todos os hospitais que prestaram o serviço o pagamento foi feito da mesma forma. E será assim no Cruz Vermelha. A proposta é fazer o repasse por procedimento realizado.
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O FES pede ainda participação dos servidores no processo, descentralização em todo o Estado e criação de fundo médico hospitalar. Marlei esteve ontem na Secretaria de Administração e Previdência e foi informada que o vice-governador Flávio Arns marcará reunião para discutir a questão em 10 dias. A secretaria informou que “as conversas iniciaram, mas a situação está em fase embrionária”.
Perda de confiança
Segundo Marlei Fernandes de Carvalho (foto), muitos servidores perderam a confiança no SAS. A sindicalista revela que a demora e dificuldade para conseguir atendimento fazem muitas pessoas optarem por planos de saúde e até atendimentos particulares. “Funcionários da educação gastam até um terço do salário com saúde, principalmente aqueles que têm mais idade”, constata.
