Cristo Redentor tem novo sistema de acesso e já é alvo de críticas

Começou a funcionar no início de abril um novo esquema de acesso ao Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Pelas novas regras, carros particulares, de agências de turismo e qualquer veículo não cadastrado estão proibidos de chegar até o topo do Morro do Corcovado.

O transporte de visitantes nos cerca de 2,5 quilômetros entre a entrada do Parque Nacional da Tijuca e o monumento passou a ser feito exclusivamente por vans do parque – com a cobrança única de R$ 13 por pessoa, que inclui transporte e entrada. Os carros ficam estacionados na área das Paineiras, ponto inicial das vans

No sistema antigo, havia duas cobranças: carros pagavam R$ 5 e cada turista desembolsava o mesmo valor para ter acesso ao principal ponto turístico do Rio, eleito no ano passado uma das sete novas maravilhas do mundo.

Criado pelo Ibama, que administra o parque, o novo sistema recebeu críticas do secretário Especial de Turismo do Rio, Rubem Medina, que defende que o acesso ao Cristo seja gratuito e acredita que as mudanças vão piorar as condições do tráfego no local. Medina encaminhou carta à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, na qual aponta os possíveis problemas.

"Cabem 50 ou 60 carros no bolsão de estacionamento. O resto vai ficar parado irregularmente ao longo da Estrada das Paineiras e atrair flanelinhas", disse. Ele reivindicou, sem sucesso, o adiamento na adoção do esquema. O secretário defende a criação de uma linha regular de microônibus até o monumento, a partir do Largo do Machado, no centro.

O diretor do Parque Nacional da Tijuca, Ricardo Calmon, afirma que as medidas ajudarão a preservar a área, já que evitam que os carros danifiquem calçadas e canteiros ao longo das vias no interior do parque. Ele disse também que o esquema vai facilitar o controle de acesso e a contagem de visitantes.

"Não sabemos qual é esse número. Com cobrança centralizada, teremos meios para conhecer o movimento diário e trabalhar pelo conforto dos visitantes." Calmon também se manifestou contrariamente à idéia de gratuidade: "O parque tem custos, é preciso cobrar para garantir a manutenção."

O dinheiro arrecadado vai para uma conta do Instituto Chico Mendes, órgão responsável pelas áreas de conservação do País, ligado ao Ministério do Meio Ambiente. Do total, 50% deve ser reinvestido no próprio parque. O resto vai para outros projetos.

Calmon afirmou que o Ibama já discutiu com as principais operadoras de turismo alternativas de pagamento antecipado para facilitar a venda de pacotes. Por enquanto, visitantes avulsos são obrigados a pagar o valor em dinheiro, já que não há máquina de cartão.

Trem

Outra forma de chegar ao Cristo é embarcar no Trem do Corcovado, que parte a cada meia hora da Estação do Cosme Velho, diariamente, das 8h30 às 18h30. A passagem de ida e volta custa R$ 36.

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