Crise também atinge HU de Cascavel

Não são apenas os usuários do Hospital Universitário (HU) de Maringá que têm sofrido com a demora no atendimento e a superlotação. O HU de Cascavel passa por situação semelhante. Nos corredores, pacientes se amontoam em macas à espera de uma vaga para internamento, constituindo demanda 20% superior à capacidade comportada pelo hospital. A direção do HU, por outro lado, garante que o problema não é ocasionado apenas por falta de infra-estrutura física: estariam faltando, também, funcionários para dar conta do atendimento.  

O diretor-geral do HU, professor Alberto Pompeu, explica que os transtornos estão geralmente relacionados à espera de leitos para internar os pacientes. O hospital concentra 173 dos 350 leitos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no município. E quando todos estão lotados, nem sempre a central de leitos consegue dar conta de distribuir rapidamente os pacientes que aguardam uma vaga. ?Enquanto esperam, eles são atendidos em macas nos corredores. Chegam a passar algumas horas ou até pernoitam à espera de transferência?, diz o diretor.

O HU realiza cerca de 150 atendimentos diariamente, concentrando pacientes de 50 municípios da região. O problema da superlotação, entretanto, não se resume à falta de espaço. ?Nos últimos três anos temos ampliado a área construída do hospital, que até setembro próximo deve estar 35% maior. Já temos até pedido para ampliação de 33 leitos, mas depende da nomeação de funcionários?, ressalta. A Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia informa que 120 pessoas aprovadas em concurso público, realizado em 2005, para compor o quadro do HU já estão nomeadas e outras cinco em fase de nomeação, mas o diretor estima que seja preciso o dobro disso: ?Pedimos autorização para chamar mais 129 funcionários, o que está sendo apreciado pelo governo?, afirma. Atualmente, o HU possui 850 funcionários.

Paranavaí

No Noroeste, o pronto-atendimento municipal de Paranavaí enfrenta problema semelhante. Ontem, a diretora Maria Aparecida Figueiredo contabilizava 19 pessoas esperando, no reduzido espaço do local, por um leito na Santa Casa do município. ?Não temos mais nem uma cadeira para pôr pacientes?, afirmava. A superlotação estaria relacionada ao fechamento de leitos no hospital regional.

Mas não é só isso: segundo a diretora, somente 30% dos cerca de 180 atendimentos diários configuram casos de emergência, demonstrando que boa parte dos pacientes deveria recorrer aos ambulatórios. ?As pessoas devem procurar primeiro a unidade de saúde?, informa. 

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