Crianças sob risco no trânsito da capital

Uma pesquisa feita esta semana revelou que 83% das crianças em Curitiba são transportadas de forma inadequada no carro. Sem o cinto de segurança ou outros dispositivos de proteção, estão sujeitas a uma série de riscos, como fraturas e até mesmo a morte. No entanto, o uso dos equipamentos de segurança diminuem em até 70% os riscos de lesões fatais. Para conscientizar a população, a Diretoria de Trânsito (Diretran) e a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot) estão fazendo blitze em portas de colégios orientando pais e alunos.

De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), cerca de duas mil crianças e adolescentes morrem todos os anos vítimas de acidentes de trânsito e 37,8 mil sofrem lesões. Muitas apresentam seqüelas para o resto da vida. ?Esse é um quadro alarmante que torna o Brasil um dos países mais violentos no trânsito. Comparando com os Estados Unidos, o trânsito brasileiro é sete vezes mais letal?, analisa o ortopedista da Sbot, Edilson Forlin. Segundo ele, nos casos de lesões, o custo médico, emocional, psicológico e social para os pacientes, suas famílias e toda a sociedade é grande.

No entanto, mesmo com dados tão alarmantes, a sociedade tem andado na contramão. Na segunda-feira foram abordados 456 carros com 576 crianças e apenas 99, ou seja 17,18% delas, estavam sendo transportadas de forma adequada. Mais da metade, 55,38%, estavam soltas no banco de trás, sem cinto de segurança. Outras 7,63% estavam soltas no banco da frente e 19,79% estavam no banco da frente, usando cinto, mas eram menores de 10 anos, o que é proibido pelo Código Nacional de Trânsito.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Educação e Cidadania da Diretran, Maura Moro, as crianças até um ano de idade devem ser transportadas em cadeirinhas de segurança do tipo ?bebê-conforto?, de costas para o sentido de movimento do carro. De um a quatro anos, a cadeirinha normal deve ficar presa pelo cinto de segurança sobre o banco traseiro. De quatro a 10 anos, são necessários suportes especiais chamados de ?busters?, que elevam a criança até a altura mínima de alcance do cinto de segurança do veículo. Acima de 10 anos a criança não precisa de equipamentos especiais, desde que tenha tamanho suficiente, ou seja, consiga dobrar os joelhos sobre o banco sem afastar as costas. 

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