Crianças pedem valorização à vida

Os novecentos alunos da Escola Municipal Professora Maria Augusta Jouve e a comunidade do bairro Boqueirão saíram ontem às ruas em defesa da paz, meio ambiente e valorização da vida. Cada turma levou para fora da escola o trabalho realizado em sala de aula. Segundo a pedagoga responsável pelo projeto, Eliane Adam Benim, as atividades desenvolvidas, além de ajudar na conscientização, contribuem para elevar a auto-estima dos estudantes.

A diretora da escola, Rita A.M.S. Zem, comenta que os professores procuraram trabalhar a adoção de atitudes simples pelos alunos, mas que no dia-a-dia fazem uma grande diferença. O resultado já tem se mostrado positivo. Devido às atividades desenvolvidas dentro do projeto de educação ambiental, as crianças estão jogando menos lixo no chão, começaram a aproveitar melhor os materiais usados nos trabalhos e não desperdiçar os alimentos que são servidos.

Além do trabalho realizado na área ambiental, o trânsito também recebeu atenção especial. A professora da II Etapa, Ciclo II (4.ª série), Maria Aparecida Vacarri, conta que os alunos ficaram surpresos ao ler que o trânsito no Brasil mata mais do que as guerras. Depois de discutir atitudes para melhorar o trânsito e criar slogans, que foram levados às ruas, eles partiram para a elaboração de uma pesquisa. Nela vão observar que equipamentos devem ser colocados no bairro para melhorar a segurança, como placas e lombadas. Depois vão encaminhar as sugestões para os órgãos competentes pedindo que as melhorias sejam feitas.

O tema religião também foi abordado. A professora, Angela Maria Marcolino dos Santos, realizou uma pesquisa na própria sala de aula. Os alunos constataram que ali mesmo havia uma diversidade. Durante o estudo dos diversos credos foi enfocado o respeito mútuo. “Não existe só uma religião. Cada uma tem que aprender a respeitar as outras”, ensina Daniele Maudi Alves, 10 anos, da II Etapa, Ciclo II.

A pedagoga Eliane comenta que as atividades mostraram para as crianças que mesmo elas sendo pequenas “fazem a diferença” adotando atitudes conscientes. Além disso, a passeata mostra para a comunidade o que os alunos estão produzindo na escola, o que eleva a auto-estima de cada um.

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