Crianças entre dez e doze anos de idade, semifinalistas do prêmio Escrevendo o Futuro, promovido pela Fundação Itaú Social, participam de oficinas e atividades educativas no Hotel Estância Betânia, em Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. Ao todo, são 23 professores e 23 crianças, oriundas de diversas cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Todas escreveram um texto, em forma de poesia, reportagem ou opinião, sobre o tema “O lugar onde vivo”. Foram avaliadas por comissões julgadoras e, no último mês de setembro, escolhidas entre centenas de outras crianças do Sul do País como as autoras dos melhores textos produzidos em seus estados de origem.
Segundo a coordenadora pedagógica do prêmio, Sônia Madi, das atividades realizadas nesta semana serão escolhidos os três finalistas melhores de cada região do País, assim como o melhor de cada estado. “Oficinas também estão acontecendo com intensidade em outras cidades do País, envolvendo crianças semifinalistas de outras regiões”, conta. Serão eleitos quinze textos. Um deles será o grande vencedor entre todos os estados. Seus nomes serão divulgados no dia 2 de dezembro, durante uma festa do prêmio na sede do Itaú Social, em São Paulo. O principal objetivo do prêmio é estimular a escrita entre alunos da quarta e quinta séries do ensino público fundamental de todo o Brasil. Após a divulgação dos vencedores, será lançado um livro contendo as redações dos participantes.
Crianças
E as crianças parecem estar aprovando a idéia. Durante as atividades promovidas no hotel, a maioria se mostrou empolgada e disposta a falar sobre seus textos. “Escrevi sobre uma cascatinha que é ponto turístico da cidade de Ibarama (RS), onde moro”, contou Jonas Beató, de 12 anos. “Acho que as pessoas precisam saber que a cascatinha está poluída e precisa ser limpa. No texto, coloquei que se eu fosse o prefeito da cidade iria retirar todo o lixo presente na água.”
Alessandra Caroline Maethaus, 11, mora em Campo Largo. Ela elaborou um texto em forma de reportagem sobre os atrativos turísticos de sua cidade, enfocando a indústria da porcelana. “Gosto muito de escrever e pesquisar”, revela. “Ainda é muito cedo para saber o que quero ser quando crescer, mas talvez, no futuro, eu possa trabalhar com alguma coisa ligada à escrita.”
Já Jéssica Fagundes de Souza, 11, moradora de Cachoeirinha (RS), escreveu sobre a poluição presente no Rio Gravataí. Ela está gostando bastante de participar das atividades promovidas pelo prêmio e espera ser uma das vencedoras. “Ao mesmo tempo que brinco bastante, estou aprendendo coisas novas”, declara.