Educação ambiental

Crianças desvendam a vida marinha em Pontal do Paraná

Fim de temporada no litoral paranaense, mas é só o início da implantação da edição do Projeto Caiçara em Pontal do Paraná neste ano. Com o atraso no repasse dos recursos destinados ao projeto pelo governo estadual, que saiu somente no fim de janeiro, as ações previstas inicialmente para serem feitas com os turistas serão agora destinadas a quem mora na praia.

A ideia é focar as comunidades ribeirinhas, que ficam desassistidas enquanto toda a atenção é voltada para os visitantes, nos meses de dezembro a fevereiro.

Além do Barco Escola, em Guaratuba, já noticiado por O Estado, em Pontal do Sul o foco está na educação ambiental, voltada principalmente aos estudantes das escolas da região, inclusive com a produção de cadernos e vídeos ambientais que estão em fase de produção.

“A intenção é valorizar a biodiversidade para as crianças, mostrar a importante vida marinha que não tem valor comercial e é descartada, muitas vezes, pelos pescadores”, comenta o pesquisador colaborador do Centro de Estudos do Mar (CEM) e representante da Associação Mar Brasil, José Claro Fonseca Neto.

Parque Natural Municipal do Manguezal do Rio Perequê abriga exposição de animais encontrados na costa paranaense.

O projeto prevê também uma trilha monitorada pelo mangue, considerado o berço da vida marinha, para identificação e conhecimento das espécies, dentro da oficina “Conhecendo os manguezais”, promovida dentro do Parque Natural Municipal do Manguezal do Rio Perequê, que abriga uma exposição de animais marinhos encontrados na costa litorânea.

Outra ideia, de aproveitamento do lixo orgânico para transformação em húmus, também foi adaptada. “Quem separa o lixo em Curitiba, chega na praia e percebe que todo o lixo tem o mesmo destino, porque a coleta seletiva não é eficiente.

O objetivo era eleger pontos em condomínios e locais com muitas residências para coleta de restos de comida e, através da compostagem, transformá-los em húmus, o que possibilitaria entregar a terra em forma de pequena horta ou jardim para o local”, explica o pesquisador. Agora, em vez dos turistas, o projeto começa a ser desenvolvido com a comunidade universitária do CEM, nas repúblicas estudantis ao redor.

Ajuda

Quem encontrar ou avistar baleia, boto, golfinho, lobo marinho, foca ou tartaruga marinha no litoral paranaense deve informar o CEM, pelo telefone (41) 3511-8600/8671, ou a Força Verde, pelo 0800-643-0304. Não se deve tocar no animal, esteja ele vivo ou morto. Ele pode estar doente ou ferido e transmitir doenças.

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