Matinhos – Os criadores de camarão branco de Caiobá estão com problemas junto ao Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis e do Meio Ambiente (Ibama). Segundo um dos criadores, que produz camarão para venda como isca viva, o cultivo dessa espécie é liberada em todo Brasil, principalmente no Nordeste e Santa Catarina, menos no Paraná. “Estamos esperando essa liberação há três anos”, revelou.
“Para a produção do camarão como isca é necessário 70 dias. Para o consumo é preciso 100 dias”, explicou, destacando que ele tem dois tanques com capacidade para produzir cinco mil camarões. “Nós compramos as larvas e depois colocamos nos tanques, dando ração a cada quatro ou seis horas”, explicou.
Pacífico
Outro criador, que também não quis se identificar, disse que o Ibama alega que o camarão cultivado no Paraná (Litopenaeus vannamei) é originário do Oceano Pacífico. “O camarão branco, natural do Atlântico, não se adapta ao cultivo em cativeiro. Pelo fato de não ser daqui, os órgãos ambientais dizem que ele é exóticos e se cultivado pode prejudicar o meio”, afirmou, destacando que hoje existem apenas quatro criadores em Matinhos. “Já chegamos a ser 17”, contou, com esperança de logo conseguir a licença ambiental. “Em outros estados o Ibama concedeu a licença. Aqui mesmo tem criadores que trabalham com decisões judiciais favoráveis”, concluiu.