Criação de cargos na Sesa sob crítica

A proposta do governo do Paraná que prevê a criação de 182 cargos comissionados da Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) foi colocada em pauta, ontem, em reunião da Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa (AL), em Curitiba. A proposta foi defendida pela Sesa, mas criticada por integrantes do Sindicato dos Servidores Estaduais de Saúde (SindSaúde).

Os 182 cargos seriam de diretoria e chefia em hospitais que irão entrar em operação nos próximos anos no Paraná ou que passam por processo de reforma. Na última semana, a proposta do governo foi aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça da AL, com a adição de uma emenda do deputado Reni Pereira que obriga o governo do Estado a realizar concurso público para contratação de pessoal especializado para ocupar os cargos de direção nos hospitais no prazo máximo de doze meses. ?Os cargos precisam ser ocupados por pessoas que tenham especialidades diferenciadas. Os trabalhadores necessitam ser de confiança do secretário de Estado da Saúde (Gilberto Martin) e comprometidos com as funções que vão ocupar. Os cargos são estratégicos e exigem pessoas que tenham familiaridade com a política de saúde adotada pelo Paraná?, disse a chefe de gabinete da Sesa, Grasiela Pomini.

O SindSaúde defende a realização imediata de concurso público. Segundo a presidente da entidade, Elaine Rodella, a criação de cargos comissionados dá margens para que sejam contratados amigos, familiares e pessoas de mesmo clã político, muitas vezes sem conhecimento suficiente sobre o sistema de saúde. ?Atualmente, dos 22 diretores de regionais de saúde no Paraná, só quatro são servidores de carreira. Dos nove hospitais administrados pela Sesa, apenas três estão sob a direção de servidores de carreira?, afirma Elaine.

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