Crescem em 740% os casos de dengue

O número de casos de dengue no Paraná deu um salto gigantesco em relação ao ano passado. Em 2004 foram 100 casos confirmados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Este ano já se têm 840 confirmações nos primeiros seis meses. Isso representa um aumento de 740%.

De acordo com Luiz Armando Erthal, diretor de vigilância em saúde e pesquisa da Sesa, a cidade que mais preocupa é Foz do Iguaçu. Segundo Erthal, já foram confirmados 365 casos na cidade até agora, contra sete durante todo o ano passado. Ele explica que o aumento considerável nos casos se deu pela junção de diversos fatores: longo período de seca, calor intenso, ausência de chuvas.

?Esses fatores associados refletem diretamente na propagação do mosquito?, explica. Erthal afirma ainda que o trabalho de combate em Foz fica dificultado porque a cidade está localizada numa região de fronteira. ?Em outras cidades, realizamos um cerco para acabar com os focos. Mas Foz tem a região da fronteira onde não podemos atuar?, afirma.

Para combater o crescimento da doença, a Sesa disponibilizou 100 agentes para trabalhar no combate ao mosquito esta semana em Foz. Erthal afirma que os grupos de agentes estão fazendo pesquisa de focos, além de educar a população e aplicar inseticidas.

Tempo

De acordo com o meteorologista Reinaldo Kneib, do Instituto Meteorológico Simepar, o Paraná enfrentou este ano uma das maiores estiagens da história. De dezembro de 2004 a março deste ano, choveu 60% a menos do que a média histórica na região Sudoeste do Estado (que compreende os municípios de São Miguel do Iguaçu e Pato Branco). Na região Oeste (Foz do Iguaçu), choveu 50% a menos. Kneib afirma que a situação enfrentada este ano é anormal e foi causada pela baixa intensidade do fenômeno El Niño, que não conseguiu trazer umidade para o Sul.

Com a passagem do outono e início do inverno, Kneib afirma que está havendo uma gradual recuperação e a estiagem está diminuindo. Mas a previsão é que as chuvas continuem em baixa intensidade, mantendo o tempo seco.

Com relação às temperaturas, também houve anormalidade. A temperatura no Estado ficou até 0,5ºC maior do que a média. Kneib afirma que a marca pode parecer pequena, mas já muda significativamente as condições climáticas.

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