Cresceu em 78% a busca pela cremação de corpos em Curitiba desde o ano 2000, quando o primeiro crematório se instalou na cidade. O levantamento é de Mylena Cooper, sócia-gerente do grupo Vaticano. Ela acredita que a procura aumentou pela praticidade e pelo benefício ambiental que a cremação oferece.
“O paranaense é muito tradicional. As pessoas foram participando das cerimônias de cremação, conhecendo, e descobriram que é mais econômico do que o sepultamento tradicional, além de mais prático e benéfico ao meio ambiente”, ressalta Mylena.
Ainda assim, apenas 3% de todas as pessoas que morrem na região da capital são cremadas, contrariando a tendência de países como Inglaterra e Japão, onde mais de 80% da população opta pela cremação.
Para este seleto grupo de paranaenses, os crematórios oferecem áreas onde é possível manter as cinzas para que haja a visitação, assim como são visitados os túmulos em cemitérios.
“85% dos cemitérios brasileiros são antigos e, quando planejados, não previam os cuidados ambientais para evitar a poluição dos lençóis aquíferos e impermeabilizar o necro chorume. A cremação, além de ser ecologicamente correta, resolve também o problema da falta de espaço para disposição dos corpos”, afirma.
Animais
A opção também tem sido feita por proprietários de pequenos animais. É o caso da empresária Roseli Karan, que perdeu o poodle Peti com 13 anos, vítima de câncer.
“Ele foi muito companheiro e merecia uma atenção especial. É um conforto saber que fizemos o melhor por ele e proporcionamos dignidade ao momento final do nosso grande amigo”, conta.
O serviço foi prestado pelo Crematorium Pet, localizado em Pinhais. Os clientes podem escolher a cremação coletiva, que custa R$ 250, ou a cremação individual, que dá direito à urna com as cinzas, e custa de R$ 550 a R$ 650, de acordo com o tamanho do animal.
Assim como nos crematórios convencionais, são disponibilizados planos de cremação, pagos antes da morte, para que no momento de tristeza os familiares e amigos não tenham que se preocupar.