A busca pelo corpo perfeito e a crença de que ser magro é ser bonito faz com que muitos brasileiros utilizem medicamentos para emagrecer considerados maléficos à saúde. Muitas vezes, o uso das chamadas "fórmulas mágicas de emagrecimento" acontece sob o aval de profissionais da área médica e farmacêuticos.
Para combater o problema, os conselhos regionais de Medicina e de Farmácia do Paraná se uniram à Vigilância Sanitária, ao Ministério Público e à Polícia Federal para realizar um trabalho de conscientização junto a médicos, farmacêuticos e à população como um todo.
Segundo o presidente do CRM-PR, Hélcio Bertolozi Soares, a Vigilância Sanitária tem como função a fiscalização, informando sobre o número excessivo de receituários emitidos por alguns médicos. Já o Ministério Público deve facilitar o acesso do conselho a esses receituários. A Polícia Federal fica encarregada de combater as importações ilegais de produtos de uso controlado.
O grande problema, ainda de acordo com Hélcio, é que a maioria dos remédios para emagrecer contém anfetaminas e ansiolíticos – produto que normalmente é associado de forma irregular. Ambos, quando utilizados por grande período de tempo e de forma descontrolada, podem causar dependência física e química, agravar casos de depressão, além de problemas de saúde que podem resultar em morte.
"No Brasil, o culto à magreza faz com que muitas pessoas tentem encurtar o caminho ao emagrecimento através da utilização de drogas extremamente prejudiciais. Com o trabalho de conscientização, queremos esclarecer as pessoas sobre os males que isto pode causar e fazer um alerta aos médicos e farmacêuticos para que hajam de forma consciente", diz. "Atualmente, existe um grande número de processos éticos instaurados contra profissionais em decorrência de tratamentos irregulares para obesidade."
Na opinião do presidente, a melhor maneira de emagrecer de forma definitiva é através da mudança de hábitos.