Embaixadores, representantes de diversas religiões e formadores de opinião reuniram-se ontem, em Curitiba, para discutir ações para indicar a Pastoral da Criança ao Prêmio Nobel da Paz 2002. Desde o início do ano, a Comissão Nacional para Postulação da Candidatura da entidade ao Prêmio vem promovendo atividades de mobilização junto a seus públicos. Em julho, em Brasília, foi lançado um carimbo comemorativo em homenagem à segunda indicação consecutiva.
Entre as ações realizadas estão duas moções de apoio à indicação da entidade. A primeira foi aprovada por unanimidade na Conferência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), realizada em Brasília, nos dias 31 de julho e 1.º de agosto passados. A outra declara o apoio de todos os bispos da América Latina e do Caribe ao reconhecimento pelo trabalho da Pastoral da Criança e foi assinada no dia 1.º de agosto, no México, durante a Conferência do Conselho Episcopal Latino Americano. Também foram realizadas mobilizações junto às Embaixadas do Brasil em todo o mundo, aos bispos brasileiros, em eventos nacionais e internacionais de diversas religiões e junto a universidades. O resultado do Prêmio Nobel da Paz desde ano deve ser divulgado entre os dias 7 e 11 de outubro, em Oslo, na Noruega.
No Brasil, a Pastoral da Criança, organismo de ação social da CNBB, acompanha mensalmente mais de 76 mil gestantes e 1,6 milhão de crianças carentes menores de seis anos. Graças à dedicação de mais de 155 mil voluntários, a mortalidade infantil foi reduzida a mais da metade da média nacional nas 32.743 comunidades que a entidade está organizada. No ano de 2001, o índice de mortalidade entre as crianças acompanhadas pela Pastoral da Criança foi inferior a treze mortes para cada mil nascidas vivas, o que corresponde a menos da metade da média nacional, registrada em 29,6 mortes para cada mil crianças nascidas vivas no Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).