Crea fará vistoria em 2,2 mil escolas no Estado

Engenheiros do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura, e Agronomia do Paraná (Crea-PR), vão ajudar na fiscalização e vistoria das 2,2 mil escolas estaduais do Paraná.

O pedido foi feito pelo secretário de Estado da Educação, Flávio Arns. Ontem, durante reunião envolvendo órgãos ligados ao Grupo de Trabalho – Infraestrutura das Escolas Estaduais do Paraná, foi definido o cronograma de trabalho do grupo. O resultado deverá ser entregue no dia 7 de junho.

A gestora do Departamento de Relações Institucionais do Crea-PR e coordenadora do grupo de trabalho, Vivian Baêta de Faria, engenheira civil, conta que o grupo de trabalho vai estar focado nas estruturas das escolas.

“Vamos prestar um apoio para levantar a situação da estrutura física das instituições de ensino, que sofre com a ação do tempo e pela ausência de manutenção”, diz Vivian.

Além do Crea-PR, estão envolvidos no grupo integrantes do Corpo de Bombeiros, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Instituto de Engenharia do Paraná (IEP-PR), Instituto de Arquitetos do Brasil no Paraná (IAB-PR), Copel e Sanepar.

Para Jaime Sunye Neto, superintendente de Desenvolvimento Educacional da Secretaria de Estado da Educação (Seed), o trabalho da sociedade civil organizada é de extrema importância.

“Trata-se de um projeto que envolve várias especialidades. Acredito que as ações desse grupo serão abrasivas e sustentáveis. É um trabalho em que acreditamos”, afirma. “Estamos falando de um esforço voltado à sociedade e que beneficiará a todos”, opina Vivian.

Sunye Neto avalia a questão dos recursos humanos como a mais preocupante nesse processo. “Temos três engenheiros trabalhando num universo de 2,2 mil escolas.

Essa situação é mais desafiadora do que os próprios recursos”, diz. Segundo ele, o Paraná destina “uma porcentagem generosa na educação, além das possibilidades existentes para destinação de recursos por meio do governo federal”, compara.

PSS

Além das questões estruturais das escolas publicas do Paraná, a contratação de professores por meio do Processo de Seleção Simplificada (PSS) também está gerando dor de cabeça aos educadores inscritos por meio dessa forma de trabalho.

Nesta semana, a Seed recebeu 8.356 pedidos de recurso impetrados por 1,8% dos 447.013 professores inscritos para o concurso. “Recebemos muitas reivindicações dos professores que alegaram erros no processo. Pedimos à Seed uma revisão de todo o concurso, pois percebemos que pode haver algum erro que prejudique a classificação dos professores”, explica a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato), Marlei de Carvalho.

Questionada, a superintendente de Educação da Seed, Meroujy Cavet, disse que serão revistos, até o dia 25, apenas os casos em que forem confirmados erros no sistema de inscrição. “O preenchimento incorreto do formulário de inscrição é de responsabilidade de cada candidato, conforme consta no edital de seleção. Casos diferentes desses serão revistos”, esclarece.

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